As autênticas vitórias conquistadas pela gestão do governador José Pedro Taques (PSDB) logo nas primeiras semanas de atuação do secretário José Adolpho Avelino Vieira, chefe da Casa Civil, com aprovações da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Revisão Geral Anual (RGA), em ritmo acelerado, só causou surpresa para quem não conhece o seu estilo conciliador. “Não faço nada diferente de ninguém. Apenas converso, dou carinho e trato com respeito”, explicou ele, para a reportagem do
Olhar Direto, em entrevista na Casa Civil.
O respaldo do presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho (PSB), e do líder do governo, deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), foram fundamentais para o êxito. Das três principais missões com maior urgência, na Chefia da Casa Civil, duas foram já cumpridas e a terceira está bem encaminhada – a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de
Teto dos Gastos dos Poderes.
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José Adolpho Vieira alerta que não tem mágica, mas, sim, trabalho. Geralmente chega ao Palácio Paiaguás antes das 8 horas e, às vezes, deixa o gabinete após às 22 horas. “Sigo o exemplo do meu pai, que foi secretário-chefe da Casa Civil e de Estado de Administração: sempre era o primeiro a chegar e o último a sair. Meu pai era viciado em trabalho”, enfatizou ele, recordando da passagem pelo poder público da figura paterna Carlos José Avelino Vieira – secretário de Estado de Governo (1975-78), da Casa Civil (1978-79) e de Administração (1979-1983).
Depois de marcar até 22 agendas para um único dia, Avelino Vieira tirou o pé do acelerador. Reduzi para 10 até 12 agendas por dia, mas foi advertido pela assessoria que ainda é muita coisa. “A demanda é muito grande e não dá para abarcar tudo. Mas sabemos que governador é priorizar e temos feito isso”, ponderou.
Para o chefe da Casa Civil, Eduardo Botelho teve atuação política gigantesca nas conversações sobre a RGA, principalmente para mostrar ao Fórum Sindical, que representa quase 90% dos servidores, a necessidade de um acordo, num momento de grave crise financeira de Mato Grosso. “O deputado Botelho possui uma visão rara disso [conciliação política]. E mostrou que aqui é um governo, em momento de crise econômica”, sintetizou José Adolpho.
Sobre a facilidade do diálogo, revela que teve exemplo dentro de casa. Ele lembrou que o seu pai fazia jantares com líderes políticos do passado, em sua residência, como José Garcia Neto, Aecim Tocantins, Augusto Mário Vieira, Milton Figueiredo e José Amando Barbosa, entre outros. “Nas reuniões-almoço é que se estreitavam os laços e, vez por outra, saíam algumas decisões”, complementou o titular da Casa Civil do governo Taques.