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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Não entregues

Wilson Santos diz que há interessados nos trens do VLT e questiona se vagões pertencem ao Estado

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Wilson Santos diz que há interessados nos trens do VLT e questiona se vagões pertencem ao Estado
O secretário de Cidades (Secid), Wilson Santos (PSDB), disse que já existem diversos interessados na compra das composições do Veículo Leve sobre Trilho (VLT), caso o governador Pedro Taques (PSDB) decida vendê-las e não dar seguimento às obras. Porém, o gestor da pasta ainda levantou um questionamento: “Esses vagões são do Estado?”. Isso porque eles ainda não teriam sido entregues pelo Consórcio VLT, já que dependem de alguns pontos que constam do contrato.


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“O primeiro ponto que temos de ver é: esses vagões são do Estado? Há uma interrogação quanto a isto. Porque eles ainda não foram entregues oficialmente ao governo. O contrato diz que ainda precisa realizar testes e outras coisas mais. Mas continuo a dizer que eu sou defensor da retomada das obras do VLT”, explicou Wilson Santos, em entrevista à Capital FM na última semana.
 
Wilson ainda acrescenta que não é possível abandonar uma obra que custou mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos e que a continuação é necessária. “Por que eu insisti tanto? Porque o juiz titular da ação, desde novembro, vem sinalizando que o caminho mais barato e seguro é o acordo”.
 
O secretário de cidades ainda garantiu que “existem várias capitais pensando [em ter um VLT], houve a consulta de um grupo alemão interessando. Porém, se vender [os vagões], será com depreciação de três anos, o Estado terá prejuízo. Não será o mesmo que pagamos. Por isso defendemos tanto a continuidade”.
 
Propina
 
Wilson Santos ainda comentou sobre a ‘Operação Descarrilho’, deflagrada na última semana e que denunciou o pagamento de propina do Consórcio VLT ao ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e outros membros do seu staff. “Nós recebemos a informação de que o pagamento de propina aconteceu”.
 
“Nós sentamos frente a frente com os diretores do consórcio e perguntamos se houve o pagamento de propina, olhando nos olhos. Eles negaram e disseram que isto não havia acontecido. Falaram: ‘fiquem tranquilos, nunca pagamos propina para Silval e nem ninguém’. Nós fomos levados a conversação”, acrescentou o tucano.
 
Operação Descarilho
 
As obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em vias de serem retomadas com a proximidade de acordo entre Consórcio e Governo, voltaram às páginas policiais na manhã do dia 9 deste mês, com a operação Descarrilho, deflagrada pela Polícia Federal, na qual são apuradas possíveis irregularidades na escolha do modal para operar na região metropolitana de Cuiabá. Entre os alvos da operação está o ex-secretário da Secopa Maurício Guimarães, conduzido coercitivamente.
 
A ação apura os crimes de fraude a procedimento licitatório, associação criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de capitais, em tese ocorridos durante a escolha do modal VLT e sua execução na Capital de Mato Grosso.
 
Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, sendo 10 em Cuiabá (MT), um em Várzea Grande (MT), um em Belo Horizonte (MG), um no Rio de Janeiro (RJ), um em Petrópolis (RJ), dois em São Paulo (SP) e dois em Curitiba (PR).
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