A deputada Janaina Riva (MDB) desafiou o governador Pedro Taques (PSDB) a mostrar onde está cada obra executada por ele. A parlamentar pediu para que tudo fosse colocado no site oficial do Executivo, para que a população desse o veredito sobre o que foi feito. Além disto, cobrou explicações sobre R$ 470 milhões que vieram do Banco do Brasil para Mato Grosso: “Precisamos saber o que foi feito com este dinheiro”.
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“Temos que lançar um desafio ao governo do Estado. Estes 2.400 quilômetros de asfalto que o governo fala que fez, desafiamos a publicar em sua página oficial, trecho a trecho, porque não existe melhor fiscal que o povo. Vamos avaliar com a população se aquilo que está lá foi feito ou não”, discursou a deputada na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso nesta quarta-feira (04).
Janaina ainda citou as obras realizadas na MT-100, que foi inaugurada há aproximadamente seis meses pelo Executivo: “Têm denuncias de que o asfalto está esfarelando. Qualidade tem que ser comprovada. Ninguém melhor do que quem mora, utiliza o trecho, para dar o veredito”.
A parlamentar aproveitou também para cobrar explicações do Governo do Estado sobre R$ 470 milhões em recursos, que seriam investidos na construção de pontes em Mato Grosso: “O Banco do Brasil pagou isso ao governo. Eu e o deputado Zeca Viana (PDT) ficamos estarrecidos, porque não temos conhecimento da execução destas pontes. Precisamos saber o que foi feito com este dinheiro”.
“A lei que autorizou este empréstimo foi feita em 2012. Ele passou a ser pago a partir de 2015. Queremos saber para onde foram estes R$ 470 milhões. Também queremos saber se isso tem alguma relação com essa tentativa de licitação, direcionada, já que só duas empresas estariam aptas a disputar. E se não tem, onde foi colocado este recurso”, completou a deputada.
Foi Janaina Riva quem denunciou o Governo do Estado ao Ministério Público Estadual (MPE) por suposta fraude em uma licitação de mais de R$ 200 milhões referente à concessão de rodovias encerrada há dois meses. Ela e Zeca Viana contestam a lisura de outra licitação, de R$ 73 milhões, vencida pelo Consórcio Via Brasil, dos sócios José Geraldo Nonino e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Carlos Avalone.
