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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Normas foram atendidas, garante diretor de hospital após morte de paciente submetida a plástica

Foto: Rogério Florentino / Reprodução

Normas foram atendidas, garante diretor de hospital após morte de paciente submetida a plástica
O diretor do Hospital Militar de Cuiabá, coronel Kleber Duarte, afirmou na manhã de hoje, 14, ao Olhar Direto, que Edléia Daniele Ferreira Lira, Daniele Bueno nas redes sociais, que faleceu no último  domingo (13) horas após ter sido submetida a uma cirurgia plástica, saiu lúcida da cirurgia e passou mal já quando chegou ao apartamento.


Ele asseverou ainda que toda a documentação pertinente a liberação e execução do procedimento estava correta e que a paciente havia passado por todos os exames necessários para posteriormente ser submetida à intervenção.

A paciente morreu no fim da tarde de domingo após ser transferida para outra unidade hospitalar. Atendendo média e baixa complexidade, o Hospital Militar não possui uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que se fez necessária após Daniele passar mal. 

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O coronel explicou que a equipe que realizou o procedimento não era de médicos do  quadro do Hospital Militar, mas sim do Programa Plástica Para Todos. No entanto, ele afirma que tudo foi feito dentro da normalidade, com todas as exigências necessárias cumpridas e com a paciente apta a passar pela cirurgia.

O hospital foi locado para a realização do procedimento. Porém,  o diretor garante que o local segue todas as normas do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), da Vigilância Sanitária e funciona sem problemas.

Sobre a cirurgia de Daniele, ele afirma que todos os procedimentos foram perfeitos, que tudo ocorreu dentro da legalidade e sem erros médicos.

“Conferimos todos os documentos da equipe médica que realizou o procedimento, estava tudo correto. Vimos os exames, ela passou por todos, estava apta a passar pela cirurgia, o que aconteceu foi uma fatalidade porque todos os procedimentos foram feitos corretamente”.

Com relação à falta de UTI no local, o coronel explicou que o hospital realiza apenas procedimentos de baixa e média complexidade, como o de Daniele, e por isso não há necessidade de uma. Ela teria saído lúcida da sala de cirurgia.

“Ela saiu falando da sala de cirurgia, saiu bem e acompanhada. Foi já no apartamento que ela começou a passar mal e de imediato nós acionamos a UTI, móvel que já estava em frente, para que ela fosse encaminhada a outro hospital.”.

O coronel disse que só deve dar um novo posicionamento após a conclusão dos laudos da perícia, que devem apontar a causa da morte de Daniele.

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) afirmou que vai instaurar uma sindicância para apurar o caso.
 
Plástica para Todos
 
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) – Regional Mato Grosso, se manifestou por meio de uma nota alertou para o risco de pacientes que procuram programas como o Plástica para Todos.

O Programa Plástica para Todos é recente e sua divulgação acontece em um grupo fechado do Facebook, com mais de 7 mil mulheres. O nome dos médicos da equipe do programa, que realizaram o procedimento, ainda não foram divulgados.

A SBCP ainda disse que deve dar outro posicionamento apenas após a conclusão dos laudos da perícia criminal.
 
Leia a nota na íntegra:
 
Considerando o lamentável incidente em procedimento cirúrgico envolvendo a Sra. D.B., ocorrido, segundo informações veiculadas na imprensa, em 14/05/2018, em Cuiabá-MT, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Mato Grosso, manifesta-se com o que segue:
 
Solidarizamo-nos com a família enlutada.
 
O entendimento e orientação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) é pelo fiel cumprimento de normas e critérios científicos que maximizem a segurança do paciente. Reiteradamente a SBCP alerta a população para o risco da atuação de agentes intermediadores, em mídias sociais, e/ou planos financeiros para realização de cirurgias plásticas, fazendo de pacientes objetos de mercância, no interesse vil em detrimento de qualidade e segurança.
 
Entretanto, a análise da conduta profissional, dos fenômenos orgânicos da paciente, somados às condições estruturais na realização do procedimento elencado, é que trarão uma razão de juízo acerca de causas e efeitos de cada caso concreto. Para tanto, órgãos e autoridades oficiais, são investidos de poderes na emissão de pareceres técnicos fundamentados.
 
Tem-se por óbvio que qualquer pré-julgamento acerca de fatos não comprovados, se trata de mera especulação e exploração sensacionalista de um momento delicado como tal.
Não obstante, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, aguarda o pronunciamento conclusivo dos órgãos oficiais acerca dos fatos, para que possa se manifestar tecnicamente sobre o ocorrido e, agir no âmbito de suas funções.
 
Cuiabá, 14 de maio de 2018.
 
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Mato Grosso
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