A dois meses das convenções partidárias, o PSDB em Mato Grosso caminha, confiante, para a formação do arco de aliança que irá apoiar eventual projeto de reeleição do governador Pedro Taques (PSDB). Conforme o presidente estadual da sigla, Paulo Borges, até o momento somente quatro partidos estão oficialmente fechados com Taques, mas há a expectativa de que até julho o grupo conquiste pelo menos outras seis legendas.

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“Nós estamos conversando com todos os dirigentes partidários, não estamos fechando as portas para ninguém e a tendência é nós termos aproximadamente 10 partidos dentro da nossa composição. Hoje nós temos os partidos co-irmãos, que já estão juntos conosco, que são o PPS, PSB, o Patriotas, o Solidariedade e agora estamos conversando com os demais partidos. Está fluindo bem, tenho certeza absoluta que vamos conseguir chegar lá na frente com condições de convencimento de que esse projeto é o melhor para Mato Grosso”, ansiou Paulo Borges.

Com dificuldades de conquistar apoio, Taques perdeu recentemente dois partidos importantes: o PSD, do ex-vice governador Carlos Fávaro, e o PP, do senador Blairo Maggi. Ambos fecharam questão com o pré-candidato da oposição, Wellington Fagundes.

Além dos rompimentos já declarados, o grupo de Taques ainda tem a possibilidade de perder o apoio do PSB, por conta de questões judiciais que podem provocar mudanças na direção do partido em Mato Grosso, atualmente comandado pelo deputado estadual Max Russi. Nos bastidores, comenta-se ainda que Russi, que até o momento se declara fiel ao tucano, estaria mantendo conversas com o grupo de Fagundes.

Outro partido incerto na chapa de Taques e largamente esperado é o Democratas, do ex-senador Jayme Campos, que aguarda o resultado de pesquisas quantitativas e qualitativas para decidir ser irá lançar candidatura própria em Mato Grosso.

“Nós estamos conversando com os dirigentes do DEM. Não há nada definido no partido e enquanto não tiver essa definição por parte deles o PSDB vai estar conversando com os líderes do DEM. Nós temos uma proximidade muito grande com o Jayme Campos, com o deputado Botelho, com o Dilmar Dal’Bosco, mas tem sido uma conversa tranquila, no sentido de respeitar a decisão do Democratas. Mas se eles optarem por apoiar nosso projeto, estaremos de braços abertos para recebê-los”, declarou o presidente do PSDB.

Embora negue que seja pré-candidato, Taques já está se reunindo com alguns partidos. Na terça-feira (29), por exemplo, conversou com a chamada Frentinha, composta pelo Podemos, PSDC, PTC, PRP, PMN, Avante e Pros.

Selma Arruda

Na última sexta-feira (1), Pedro Taques reuniu-se em casa com a pré-candidata ao Senado Selma Arruda (PSL) para buscar uma aproximação. Com o DEM cada vez mais distante, Taques tem a ambição de ter Arruda candidata ao Senado em sua chapa. A magistrada aposentada, no entanto, reafirma que não tem como discutir uma coligação com o PSDB porque além de o PSL ter prá-candidato próprio ao governo, Dilceu Rossato, as alianças serão definidas pelo diretório nacional.