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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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inquérito concluído

Delegado procura pai de bebê indígena e crê em fortes indícios de outros envolvidos no caso

Foto: Reprodução

Delegado procura pai de bebê indígena e crê em fortes indícios de outros envolvidos no caso
O delegado da Polícia Civil, Deuel Paixão de Santana, que investiga o caso bebê indígena enterrada viva em Canarana (a 837 km de Cuiabá), tenta junto a Fundação Nacional do Índio (Funai), localizar o pai da criança, para que posteriormente seja possível ouvi-lo. Embora o inquérito já esteja concluído, ele diz que “há fortes indícios da participação de outros envolvidos, no entanto ainda é prematuro informar”.


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À polícia, a mãe da criança disse que teria tido um relacionamento com o indígena da etnia Trumai, e que a gravidez e o relacionamento foram descobertos no mesmo período pela família.  “Pretendemos ouvi-lo. Enviamos um ofício para Funai para localizá-lo. As informações são de que ele não reside na cidade”, contou o delegado.
 
Conforme as investigações, o crime foi motivado pelo fato da mãe do bebê, uma adolescente indígena, de 15 anos, ser solteira. O pai da criança estaria casado com outra indígena. A avó e a bisavó da criança, suspeitas de premeditarem e planejarem o que seria feito com o bebê logo depois do parto, seguem presas.
 
Com duas pessoas presas por envolvimento no caso, o delegado disse ao Olhar Direto que há fortes indícios da participação de outras pessoas, porém ainda é prematuro informar de quem se trata e qual seria o tipo de envolvimento. Deuel explicou que por se tratar de uma prisão em flagrante, há o prazo de 10 dias para conclusão do inquérito. Caso da bisavó. Já para a avó, como foi presa em ordem judicial e não em flagrante, não existe essa cobrança.
 
Caso requerido, por meio de procedimentos suplementares, a Polícia Judiciaria Civil disse que poderá fazer novas diligências sobre o caso.

Em relação à bisavó, Kutsamin Kamayura, 57 anos, o Judiciário deferiu pedido da Funai para que ela ficasse detida (prisão preventiva) na instituição, no município de Gaúcha do Norte. Ela já foi transferida.

A avó da criança, Tapoalu Kamayura, 33, segue presa na Cadeia Pública de Nova Xavantiva, em prisão temporária. Mas existe pedido impetrado pela Funai para que também seja transferida, o que ainda será analisado pelo Judiciário.

O caso
 
Na terça-feira, 5 de maio, a Polícia Civil foi informada de um feto/recém nascido que teria sido enterrado em uma residência, e deslocou para o endereço (rua Paraná) em conjunto com a Polícia Militar.

Ao iniciar escavação em busca do corpo, os policiais ouviram o choro do bebê e constaram que a criança estava viva. A bebê, agora identificada pelo Ministério Público como Analu Paluni Kamayura Trumai, foi socorrida e encaminhada para socorro médico imediato.
 
A bisavó da bebê, , Kutsamin Kamayura, 57, foi presa na manhã de quarta-feira (06) e na ocasião, alegou que a criança não chorou após o nascimento, por isso acreditou que estivesse morta e, segundo costume de sua comunidade, enterrou o corpo no quintal, sem acionar os órgãos oficiais.
 
Em continuidade às investigações, a Polícia Civil com oitivas de testemunhas envolvidas no caso, apurou a conduta e participação da avó da vítima, a indígena Tapoalu Kamayura, 33.

Ela tinha conhecimento da gravidez da filha de 15 anos, em razão da adolescente ser solteira e o pai da criança já ter casado com outra indígena. Durante todo período gestacional também ministrou chás abortivos para interromper a gravidez, segundo os depoimentos colhidos.
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