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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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água estragada

Ciro rebate entrevista de Mendes e o acusa de baixar nível do debate eleitoral

Foto: Rogério Florentino Pereira/ OD

Ciro rebate entrevista de Mendes e o acusa de baixar nível do debate eleitoral
O secretário-chefe da Casa Civil, Ciro Gonçalves, saiu em defesa dos colegas Rogério Gallo e Guilherme Muller e acusou o pré-candidato ao Governo de Mato Grosso Mauro Mendes (DEM) de baixar o nível do debate. A fala de Ciro é uma resposta à declaração dada pelo democrata em entrevista ao Olhar Direto, segundo a qual a dupla não pode mentir para defender o governo. “Mentira tem perna curta e é o que eles estão fazendo com a população. Eu não ensinei eles a mentir. Se eles estão mentindo, não aprenderam comigo, aprenderam com alguém, acho que tem água estragada lá dentro do Paiaguás”, afirmou, Mendes.

 
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“Ele [Mauro Mendes] baixou o nível do debate na primeira vez em que se viu confrontado. Esses ataques pessoais a secretários, que são extremamente competentes e que ele próprio já escolheu um dia para fazer parte do staff da Prefeitura, só mostram o tipo de política que ele quer fazer. Na primeira vez em que se viu questionado, ele demonstrou a incapacidade que tem em administrar adversidades. Fico me perguntando como quer governar um estado dessa forma”, disparou Ciro, por meio da assessoria de imprensa do PSDB.
 
O eixo do desentendimento entre Mendes e seus ex-secretários é a atual situação financeira de Mato Grosso. O ex-prefeito de Cuiabá tem sido contundente ao criticar os restos a pagar acumulados pela administração tucana. “Eles podem sair em defesa, é natural, mas eles não podem mentir para a população. Eles não podem desmentir a eles mesmos. Eu pergunto, pegue o balanço do Estado, que é um documento oficial feito pelo Estado, e olhe lá, quanto tem de restos a pagar? R$ 2,8 bilhões no dia 31 de dezembro de 2017. Pegue o relatório do TCE, quanto tem lá de restos a pagar? R$ 2,8 bilhões. E ai vem o governo com seus secretários mentir descaradamente?”, questionou Mendes para a reportagem do Olhar Direto.
 
“As pessoas querem avaliar quem está propondo fazer por aqueles que mais precisam. O Governo Taques para além dos discursos, já demonstrou que tem esse olhar para quem mais precisa. É só ver os programas como a Caravana, o Pró-Família, as entregas de títulos da casa própria que estavam parados há 40 anos, resfriadores de leite para os pequenos produtores. São esses aparelhos públicos que chegam na ponta, são essas discussões que tem que ser feitas”, rebateu Ciro.
 
Divergência com ex-secretários
  
O primeiro ex-secretário de Mendes a vir a público “desmenti-lo” foi Rogério Gallo. Em entrevista a TV Vila Real, o hoje secretário de Fazenda afirmou que os números apresentados por Mauro Mendes durante o lançamento de sua candidatura não são reais e que MT virou o ano com R$ 2,8 bi de restos a pagar, mas que deste universo, R$ 700 milhões correspondiam a folha de pagamento, que foi quitada em janeiro. “Primeiro, temos que desmistificar. Esse número, hoje, não é real. Nós viramos o ano com R$ 2,8 bilhões de restos a pagar. Sendo R$ 1,7 bilhão de restos a pagar processados, que são aqueles que estão pronto para pagamento. E R$ 1 bilhão daqueles que não estão aptos”, disse Gallo. 

“R$ 700 milhões eram da folha de pagamento, porque a folha é liquidada em dezembro, mas pode ser paga até o dia 10 do mês subsequente. Então, sobram R$ 2,1 bilhões. Nós já pagamos R$ 700 milhões para outros credores. Então, o valor cai para R$ 1,5 bilhão”, afirmou.

Já o secretário de Planejamento de Mato Grosso, Guilherme Muller, afirmou que o governador Pedro Taques tomou todas as providências para equilibrar as contas públicas e explicou que todas as gestões possuem “restos a pagar”.  Conforme o secretário, é comum sobrar dívidas de um ano para o outro e isso não é uma característica do Governo Pedro Taques.

“No ano passado o valor de restos a pagar foi em torno de R$ 1,7 bilhão. Desse montante, R$ 700 mil são referentes a folha de pagamento de dezembro que é paga no dia 10 de janeiro. Se você pegar um histórico, nunca é menos que R$ 1 bilhão [de restos a pagar], explicou o secretário.

Ele ainda afirmou que o ex-governador Silval Barbosa estornou valores de restos a pagar, ficando o valor oculto, inscrito em despesa do exercício anterior sem cobertura orçamentária. “Esse assunto já virou polêmica por conta do período eleitoral. Começam a fazer comparações com o final do governo Silval, mas, no governo anterior, os restos a pagar foram estornados. Sempre existe essa incapacidade financeira. No Governo do Pedro Taques o quadro aumentou porque mudou a data da folha de pagamento. A folha de dezembro passou a ser restos a pagar porque o pagamento é efetuado em janeiro”, esclareceu.
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