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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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AMEAÇADO

​Líder de ocupação em fazenda de Riva afirma ter sofrido atentado e que está ‘com a cabeça a prêmio’

Foto: Rogério Florentino / OD / Reprodução

​Líder de ocupação em fazenda de Riva afirma ter sofrido atentado e que está ‘com a cabeça a prêmio’
Derisvaldo Ferreira de Sá, conhecido como Baiano, que é o líder dos posseiros que invadiram a Fazenda Bauru (Magali), em Colniza (a 1.065 km de Cuiabá), de propriedade da família Riva, afirmou que sofreu um atentado na última terça-feira (19). Ele ainda teria dito à polícia que estão oferecendo uma recompensa para quem matá-lo.

 
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A empresa Floresta Viva, que administra a Fazenda Bauru, de propriedade do ex-deputado estadual José Geraldo Riva, tem passado por conflitos nos últimos meses, em decorrência de um grupo de posseiros que tem invadido o terreno. Um homem, identificado como Elizeu Queres de Jesus, já morreu em um destes conflitos.
 
A Justiça já impôs uma ordem de afastamento aos posseiros, que devem permanecer a 10 quilômetros da fazenda. Isto ocorreu após o cumprimento da reintegração de posse, realizado em 2018. Mesmo assim, alguns posseiros permaneceram às margens do limite estabelecido pela Justiça.
 
Derisvaldo Ferreira de Sá, que seria o líder dos posseiros, afirmou à polícia que o atentado que sofreu ocorreu na Rua Andorinhas, no Bairro Garças, em Colniza. Ele contou que estava em casa quando ouviu o barulho de tiros. Um vizinho teria lhe dito que viu alguém atirando em direção à casa dele. Não houve feridos.
 
A polícia encontrou marcas de tiro no portão e no carro de Baiano, mas não encontrou qualquer cápsula deflagrada nas redondezas. Derisvaldo ainda teria dito que sofre ameaças e que teriam colocado uma recompensa para que o matar. Nenhum suspeito foi localizado.
 
Entenda o caso

 
A empresa Floresta Viva, que administra a Fazenda Bauru, de propriedade do ex-deputado estadual José Geraldo Riva, em nota, afirma que é constantemente invadida por grileiros que desrespeitam ordens judiciais.
 
Há alguns meses, cerca de 200 membros da Associação Gleba União haviam acampado nas proximidades. Eles afirmavam que só deixariam o local se Riva apresentasse um documento que comprovasse a posse da terra de 46 mil alqueires.
 
A Polícia Civil se deslocou para a propriedade rural onde ocorreu o confronto armado. A Delegacia de Polícia de Colniza solicitou reforço da Gerência de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil, Ciopaer, da Secretaria de Segurança Pública, e peritos da Politec de Cuiabá para realizar os trabalhos de local de crime e necropsia.
 
O Ministério Público Estadual, por meio da Promotoria de Justiça de Colniza já havia oficiado o Governo do Estado sobre risco de conflito armado no local. A preocupação é que ocorra uma tragédia como a chacina de abril de 2017, na qual nove pessoas foram mortas naquela região.
 
Em dezembro do ano passado, o juiz Carlos Roberto B. de Campos, da Segunda Vara Cível Especializada em Direito Agrário de Cuiabá, determinou uma reintegração de posse na fazenda. Um estudo do Comitê Estadual de Acompanhamento de Conflitos Fundiários de Mato Grosso comprovou a real situação da área e recomendou a participação de 20 policiais militares na desocupação.
 
O conflito
 
Os seguranças Ralf Alcântara, Rubens Gonçalo, Alajone Francisco e Marcelo Brage, chegaram a ser presos em flagrante no dia 6 de janeiro, suspeitos do homicídio de Elizeu Queres de Jesus, 38, e pela tentativa contra outras nove pessoas, que ficaram feridas em um suposto confronto na Fazenda Bauru, em Colniza. Eles foram soltos já no dia 7.
 
Eles afirmaram que reagiram a invasão da fazenda, realizada por posseiros supostamente armados. No entanto, alguns dos feridos declaram que nenhum dos posseiros portava arma de fogo. Alguns vídeos sobre o caso circularam nas redes sociais.
 
Além disso, de acordo com o delegado à frente da investigação, Alexandre da Silva Nazareth “os elementos de informação produzidos pela perícia, até o momento, nos levam a acreditar que não houve confronto armado, pois só foram encontradas cápsulas de armas de mesmo calibre dos seguranças da propriedade”. O caso ainda é investigado.


Com informações do G1.
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