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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Aposentada de 69 anos supera os limites da idade e se forma em Recursos Humanos com direito a pós-graduação

Foto: Joel Marcos

Aposentada de 69 anos supera os limites da idade e se forma em Recursos Humanos com direito a pós-graduação
Maria Lucia da Araújo e Silva, de 69 anos, mostrou que não existe limite de idade quando se trata de realizar um sonho. Aposentada há 25 anos, Maria se formou Recursos Humanos e fez pós-graduação em metodologia no final de 2018 pela Faculdade de Tecnologia do Ipê (Faipe). Para ela não existe nada que impeça a busca por conhecimento. “O importante é complementar o estudo e para isso não tem idade”, afirma.


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Dona Maria trabalhou por quase 30 anos como agente administrativo no Estado de Mato Grosso e mesmo após se aposentar, sempre buscou a oportunidade de se aperfeiçoar na área de recursos humanos, por se identificar muito com o curso. A aposentada ainda afirma que quer voltar ao mercado de trabalho como orientadora. “Estou só esperando passar um tempo para voltar a trabalhar, pretendo levar mais conhecimento e aperfeiçoamento para outras pessoas”, afirma.
 
A decisão de voltar à sala de aula pegou a família de surpresa. “Eu decidi do nada, estava passando na frente da faculdade com meu esposo e falei: amanhã eu venho aqui para fazer a prova, quero voltar a estudar, na hora ele não acreditou, mas eu fiz a prova e passei”, lembra.
 
Dona Maria contou ao Olhar Direto que adotou um método para conseguir memorizar a matéria enquanto estudava. “Eu tinha dois cadernos, um eu trazia para a aula para anotar tudo o que o professor falava e no outro dia passava a limpo em um caderno que ficava só em casa, com isso fui estudando e memorizando ao mesmo tempo. Muitos alunos pediam para copiar as minhas anotações, mas os professores não deixavam”, conta.
 
Sobre os desafios de voltar a estudar depois de tanto tempo e ainda no período noturno, a aposentada lembra apenas de um episódio onde teve um deslocamento de retina e precisou ser submetida à um procedimento cirúrgico, por isso  teve que faltar em uma prova. “Quando eu voltei já estava na segunda prova, o professor me disse que depois aplicaria a prova que faltou pra mim, mas eu disse que podia me passar as duas que eu faria no mesmo dia. Fiz e tirei 10 nas duas”, se orgulha.
 
“Eu quero dizer o seguinte, a vida daquele lado é diferente do agora, eu queria acompanhar o atual, então eu vim procurar a faculdade para aperfeiçoar, para aprender e passar conhecimento para as pessoas, todos os meus colegas sempre me respeitaram muito e não fizeram nenhuma distinção por causa da minha idade”.
 
Orgulhosa, dona Maria conta que todos na família sempre prezaram muito por educação. “Minha neta de 8 anos é muito inteligente, se tornou monitora na sala dela. Os professores pedem para ela cuidar e ensinar os colegas e ela fica toda feliz, toda estudiosa. Aqui em casa sempre prezamos muito pelos estudos”, conta.

Dona Maria agora quer comemorar a conquista e pretende viajar para aproveitar o fim das aulas para, só depois, voltar com foco total e colocar em prática o que aprendeu na faculdade. “Trabalho em uma comunidade católica e o curso me possibilitou agregar mais informações nas minhas funções lá, eu quero voltar a trabalhar e levar o conhecimento e aperfeiçoamento que eu adquiri”, afirma.
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