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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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DELEGACIA DO ADOLESCENTE

Delegada afirma que ameaças de atentados não eram brincadeira e aponta bullying e rejeição como 'gatilhos'

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Delegada afirma que ameaças de atentados não eram brincadeira e aponta bullying e rejeição como 'gatilhos'
A delegada Anaíde Barros, titular da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) afirmou que as ameaças de atentados às escolas feitas recentemente por estudantes de Cuiabá, não eram brincadeiras. Para ela, o bullying e rejeição podem funcionar como um tipo de gatilho para os adolescentes.


No último dia 17, um mandado de busca e apreensão foi cumprido na residência do adolescente A.L.S., de 15 anos, que ameaçou cometer um atentado no Colégio Coração de Jesus, em Cuiabá. Outro alvo foi um estudante da Escola Estadual José de Mesquita, localizada no bairro Porto. 

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“Chegamos a convicção em algumas situações que não são apenas brincadeiras. Alguns casos que ouvimos tinham intenção de intimidar colegas por conta de alguma ação que estariam sofrendo, como bullying, rejeição, intolerância. Quando há esta conotação, entendemos que não é brincadeira”, afirmou.

A Lei nº 13.185, em vigor desde 2016, classifica o bullying como intimidação sistemática, quando há violência física ou psicológica em atos de humilhação ou discriminação. A classificação também inclui ataques físicos, insultos, ameaças, comentários e apelidos pejorativos, entre outros. Um em cada dez estudantes brasileiros é vítima de bullying, de acordo com dados do Ministério da Educação. 

A delegada acrescenta que é importante que os pais estejam atentos e observem o comportamento diferente. “Porque estas ameaças são geradas no interior do ambiente, onde são gravados os vídeos e áudios. Quando começa a conversar com a família, eles relatam o comportamento diferente. É extremamente importante que estejam acompanhando”, diz. 
 
“Não basta um vídeo pedindo desculpa dizendo que é brincadeira. O Estado age e com medidas duras. Há punição. Temos que deixar explicito que todos serão punidos”, finaliza.

IFMT

Uma suposta ameaça de um massacre no campus de Cuiabá do Instituto Federal de Mato Grosso, nesta segunda-feira (29), mobilizou equipes da Polícia Militar. A imagem de uma arma, compartilhada em grupos de WhatsApp, acabou gerando o pânico. Muitos pais ficaram preocupados com a situação e estavam temorosos em mandar seus filhos à unidade. Um boletim de ocorrências foi registrado e o estudante também responderá um processo disciplinar.

Outro caso

No dia 16 de abril, um aluno do 2º ano do Ensino Médio do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) publicou uma frase em suas redes sociais e acabou assustando os colegas da escola. Ele escreveu “Por que tirar 10 na prova, se você pode tirar um 38 da mochila”. Segundo o diretor Cristovão Albano, o aluno não apareceu na aula no dia seguinte.

Alguns colegas de turma do adolescente foram procurar a diretoria quando viram a publicação. “A publicação foi na quarta-feira, a gente tomou conhecimento no final da tarde e na quinta-feira tomamos as providências cabíveis. A escola funcionou novamente, mas não falamos com ele porque ele não estava presente”, contou ao Olhar Direto o diretor da instituição.

Ainda segundo Cristóvão, não houve nenhuma denúncia de que o aluno estivesse realmente com uma arma, mas, em decorrência de outros casos anteriores que aconteceram no Brasil – como o da escola de Suzano - algumas pessoas entraram em pânico.

 
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