O deputado estadual Valdir Barranco (PT) fez duras críticas ao governador Mauro Mendes (DEM), que enfrentará a partir da próxima segunda-feira (27) a primeira greve da Educação em seu Governo. A paralisação irá agregar dois mil profissionais e deixará 392 mil alunos da rede estadual sem aula. Na semana passada, Mendes rebateu a ameaça de greve dizendo que a qualidade do ensino no Estado era péssima. Para o petista, o governador quis “ganhar no grito”.

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“O que faltou foi diálogo, o Governo não dialogou, não sentou. Ele ignorou, eu acho que ele está pensando que é brincadeira isso daí, ele ta achando que vai dar um grito e todo mundo vai voltar para a sala de aula. Não sei como que ele vai resolver isso, infelizmente é muito ruim para o Estado”, criticou o deputado petista.

A greve da Educação foi deflagrada na segunda-feira (20), após reunião da categoria. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), o encaminhamento do Conselho de Representantes, realizado nos dias 18 e 19 de maio, foi pelo enfrentamento à gestão Mauro Mendes, que considerou as demandas apresentadas como evasivas tendo como foco a falta de respeito com os profissionais da educação.

Na semana passada, em reunião com os secretários de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra, e de Educação, Marioneide Kliemaschewsk, representantes do Sintep cobraram o cumprimento da lei 510 de 2013, que realinha em 7,69%, anualmente, o salário dos profissionais da educação básica de Mato Grosso, mas o encontro terminou sem acordo. Desde então mais encontros aconteceram, mas o movimento grevista foi mantido. 

“Eu acho que houve muita falta de capacidade de dialogo do Governo, despreparo, não sei se ele está mal orientado e trouxe aí consequências inimagináveis. Ontem eu estava lá no momento em que houve a deliberação por unanimidade pela greve. A greve não interessa a ninguém, não interessa aos estudantes, não interessa aos professores que depois vão ter que repor, não interessa a sociedade, não interessa a Mato Grosso, não interessa ao Brasil. A greve é sempre um atraso, o que se perde durante o período de greve não se recupera na sua totalidade. Então acho que o governador deveria ter tido mais paciência, mais disposição para o diálogo e agora eu vejo que é algo incontornável. A greve está decidida e a partir de segunda-feira as escolas pararão e as consequências certamente serão muito ruins”, reforçou Barranco.