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Sábado, 20 de abril de 2024

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Segundo investigação

Entrada de celulares em freezer na PCE pode ter relação com volta de ‘Sandro Louco’

Foto: Reprodução

Entrada de celulares em freezer na PCE pode ter relação com volta de ‘Sandro Louco’
Investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) referentes à ‘Operação Assepsia’ apontam que a tentativa de entrar com 86 celulares dentro de um freezer na Penitenciária Central do Estado (PCE) pode ter relação com a volta de Sandro da Silva Rabelo, conhecido como ‘Sandro Louco’, a Cuiabá. Os aparelhos, que são vendidos por até R$ 5 mil no local, renderiam mais de R$ 450 mil.


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Conforme apurado durante as investigações, os dois líderes do Comando Vermelho Paulo Cesar dos Santos, vulgo “Petróleo”, e Luciano Mariano da Silva, conhecido como “Marreta” estão presos já há algum tempo e mesmo de dentro do presídio gerenciavam parcela das atividades da facção.
 
Coincidências à parte, segundo destacou o Gaeco, a entrada dos celulares ocorreu poucos dias antes do líder máximo do Comando Vermelho em Mato Grosso, Sandro da Silva Rabelo, o “Sandro Louco”, ter sido trazido de volta do presídio federal onde se encontrava cumprindo pena.
 
“Interessante essa coincidência entre a chegada do chefe supremo da facção e a entrada do freezer recheado com 86 celulares, apurada nestes autos. Isso demonstra que os três policiais militares, juntamente com os dois diretores da PCE, aliaram-se a esses líderes e entabularam a entrada dos celulares, para o bom proveito da facção, oportunizando a sua expansão e boa administração da atividade criminosa”, diz trecho da denúncia.
 
Com a vinda do líder máximo [Sandro Louco], a intensificação das atividades se faria necessária. “Os também líderes Petróleo e Marreta viram esse momento como o ideal para ampliação das atividades, lançando mão do vínculo que mantinha com os demais denunciados para obter aquela imensa quantia de celulares”.
 
Um aparelho celular que pode ser comprado por R$ 700,00, por exemplo, chega a ser vendido a R$ 5 mil no interior do presídio. Os 86 celulares e demais apetrechos apreendidos, que podem ter sido adquiridos pelo mercado negro por 40 a 50 mil reais, seriam transformados em mais de 450 mil reais.

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) ofereceu denúncia, na última quarta-feira (03), contra dois líderes do Comando Vermelho, três policiais militares e dois agentes penitenciários que ocupavam os cargos de vice e de diretor da Penitenciária Central do Estado. O grupo foi alvo da ‘Operação Assepia’, que apurou facilitações para entrada de aparelhos celulares na unidade prisional.

Foram denunciados: Paulo Cesar dos Santos, vulgo “Petróleo”, e Luciano Mariano da Silva, conhecido como “Marreta”, ambos pertencentes ao Comando Vermelho; o então diretor da Penitenciária Central, Revétrio Francisco da Costa; o vice-diretor, Reginaldo Alves dos Santos e os militares Cleber de Souza Ferreira, Ricardo de Souza Carvalhaes de Oliveira e Denizel Moreira dos Santos Júnior.

Ao grupo, foram imputados quatro atos criminosos. Os sete denunciados vão responder por integrar, financiar e promover organização criminosa e também por introdução de celulares em presídios; cinco deles pelo crime de corrupção ativa; e dois por corrupção passiva.

Conforme consta na denúncia, no dia 06 de junho passado, por volta das 13h, misteriosamente os portões da PCE se abriram e uma camionete Ford Ranger Preta ingressou na unidade levando sobre a carroceria um freezer branco “recheado” de celulares. Os ocupantes dos veículos não foram identificados por determinação dos diretores. O equipamento que deveria ser colocado na sala do diretor acabou sendo disponibilizado em um corredor.

Retorno de Sandro Louco

Sandro da Silva Rabelo, conhecido como ‘Sandro Louco’, chegou a Cuiabá na madrugada do dia 31 de maio. Ele, que estava em uma prisão de segurança máxima no Paraná desde 2016, foi recambiado para a capital mato-grossense após um pedido da defesa. O criminoso chegou no Aeroporto Marechal Rondon em uma aeronave comercial.  

O detento é considerado de alta periculosidade e ficará preso na Penitenciária Central do Estado (PCE). Uma das alegações da defesa é a de que Mato Grosso já abriga diversos presos do mesmo nível de Sandro e também a proximidade da família.
 
Sandro Louco possui diversas condenações e a soma das penas ultrapassa 200 anos de reclusão. Antes de ser recambiado para Cuiabá, ele cumpria pena na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Catanduvas (PR) e é apontado como um dos integrantes da organização criminosa ‘Comando Vermelho’.
 
A primeira prisão de Sandro Louco ocorreu em 2000, após assaltar um banco em Várzea Grande. Enquanto preso, ele conseguiu fugir pelo menos quatro vezes e ainda liderou uma rebelião em Água Boa.
 
Dentre os crimes cometidos por Sandro Louco estão: latrocínio, roubo a banco, homicídio, sequestro e formação de quadrilha. As penas, somadas, ultrapassam os 200 anos de reclusão. Em 2017, ele foi o primeiro réu a participar de um júri popular por videoconferência em Mato Grosso.
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