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VLT volta a ficar em segundo plano e governador estima resolução até o fim do ano

05 Jul 2019 - 14:21

Da Redação - Wesley Santiago/Da Reportagem Local - Érika Oliveira

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

VLT volta a ficar em segundo plano e governador estima resolução até o fim do ano
O destravamento das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) voltou a ficar em segundo plano, segundo o governador Mauro Mendes (DEM). A discussão sobre o projeto de lei complementar que revalida os incentivos fiscais em Mato Grosso acabou tomando mais energia que o esperado, conforme o chefe do Executivo, que estimou uma resolução até o fim do ano, como prometido durante a sua campanha. O projeto já consumiu mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos.


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‘Cemitério do VLT’ tem vagões danificados, sinais de invasão e extintor sem carga; fotos e vídeo
 
“Tínhamos o planejamento, já fizemos três reuniões com a secretaria Nacional de Mobilidade Urbana. Ontem (04) teve uma reunião em Brasília. O Rogério Gallo esteve lá. Já me reuni com o TCU (Tribunal de Contas da União) e temos uma sequencia de fatos que deve e pode acontecer para que possamos construir esta solução. Nós iríamos fazer isso dentro de um mês, mas não foi possível por conta de outras prioridades que surgiram”, disse o governador.
 
Mauro se disse tranquilo, já que durante a campanha pediu à população o prazo de um ano para definir a situação do VLT. Segundo ele, a equipe trabalha para entregar uma solução o quanto antes. Para que isso aconteça, novas reuniões devem ser realizadas.
 
“O mais rapidamente possível [uma solução]. Eu pedi um ano, mas isso já entrou em rota de prioridade também. Só que as vezes, como eu tenho um ano, esta história da reforma acabou ganhando uma importância maior neste mês, até porque nós temos um deadline até o dia 31 de julho. Mas estamos envidando todos os esforços, existem muitas pessoas trabalhando para construir alternativas para serem apresentadas”, finalizou o governador.
 
Cemitério de Vagões
 
O ‘Cemitério do VLT’, apelido dado pela comitiva das Câmaras Municipais de Cuiabá e Várzea Grande ao Centro de Manutenções do modal, localizado em Várzea Grande, nesta sexta-feira (28), mostrou que a realidade da obra que já consumiu mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos coloca em risco o patrimônio dos mato-grossenses. A reportagem identificou vagões danificados, sinais de invasão na propriedade e até extintores de incêndio sem carga.
 
Uma das situações mais alarmantes da visita foi registrada pelo repórter fotográfico do Olhar Direto, Rogério Florentino. O único extintor de incêndio em um dos corredores onde estão os vagões estava praticamente sem carga alguma, o que coloca em risco o patrimônio público em caso de incêndio.
 
Com o tempo seco, as queimadas aumentam em Mato Grosso e qualquer faísca pode gerar um incêndio de grandes proporções, principalmente em áreas em que a vegetação seca domina, como é o caso do Centro de Manutenções. Na manhã desta sexta-feira, durante a visita dos vereadores e da imprensa, foi possível notar, ao fundo do Centro de Manutenções, bastante fumaça e um foco de fogo.
 
A situação dos vagões, que continuam debaixo de sol e chuva, parece também ter piorado. Na última visita feita pela reportagem, não foi possível identificar muitas avarias. Porém, nesta sexta-feira, a situação era ainda mais preocupante. Em uma das composições, os danos na parte frontal eram bastante significativos. Também foi possível notar vidros quebrados e uma camada extensa de poeira.
 
VLT
 
Iniciada em agosto de 2012 e com mais de R$ 1 bilhão já aplicados para o “novo” modal de transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande, os trilhos que guiariam o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) nos dois municípios quase não existem, e os que já foram construídos estão se deteriorando, juntamente com os vagões que estão estacionados no Centro de Controle Operacional e Manutenção, localizado em Várzea Grande e que, por curiosidade, também está se definhando por falta de manutenção.
 
Parada desde dezembro de 2014, o projeto do Veículo Leve sobre Trilhos será composto por duas linhas (Aeroporto-CPA e Coxipó-Porto), com total de 22 km de trilhos e terá 40 composições, com 280 vagões. Cada composição tem capacidade para transportar até 400 passageiros, sendo 72 sentados.
 
Serão 33 estações de embarque e desembarque e três terminais de integração, localizados nas extremidades do trecho, além de uma estação diferenciada onde também poderá ser feita a integração com ônibus.
 
Para a manutenção de todas as estruturas que compõem o VLT, o governo gasta R$ 16 milhões ao mês.
 
No início deste mês, o Tribunal de Justiça do Estado decidiu manter a rescisão do contrato do Governo com o consórcio VLT. No mesmo dia, o governador Mauro Mendes anunciou que iria decidir os rumos das obras do modal até o início de julho.

Outro lado 

Procurada, a assessoria do Consórcio informou que não há comprometimento dos materiais fornecidos. Veja posicionamento na íntegra: 

Material rodante e manutenções 
 
Não há comprometimento dos materiais fornecidos. São equipamentos e componentes de altíssima qualidade e durabilidade. Lembremos que os VLTs são fabricados para resistir às mais adversas condições climáticas, do mais intenso frio europeu ao mais intenso calor cuiabano. São expostos ao tempo, à ação das chuvas, do sol e com uma vida útil assegurada de pelo menos 30 anos. Não há que se falar, portanto, em comprometimento do material rodante. No que diz respeito aos vagões, as manutenções técnicas, que também zelam por essa qualidade, seguem sendo realizadas, criteriosamente. Os custos com as manutenções, seguros e guarda dos vagões e equipamentos, dentre outros itens necessários à manutenção do contrato, alcançam um investimento anual de aproximadamente R$ 4 milhões, arcados integralmente pelo Consórcio desde a paralisação das obras, sem o devido ressarcimento até o presente momento.
 
Retomada e conclusão da implantação do modal VLT
 
O Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande reafirma seu pleno interesse em retomar e concluir as obras do VLT, modal de transporte público moderno, seguro, de qualidade para uso da população. Temos a convicção de que terminar o VLT é a melhor solução para Mato Grosso e para os usuários do transporte coletivo. O VLT é vetor de desenvolvimento regional, para uma transformação urbana em Cuiabá e Várzea Grande. Todas as cidades que têm VLT avançaram significativamente em urbanismo, aquecimento econômico e qualidade de vida. Sempre estivemos à disposição do contratante, governo do Estado, e demais autoridades públicas para esclarecimentos sobre os benefícios do projeto, sobre nossa atuação e para a construção de um entendimento em prol do interesse público em colocar o VLT em operação. Assim permanecemos.
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