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Alunos de Cuiabá sem aulas

Prefeito diz que está angustiado com greve e defende diálogo entre Governo e professores

01 Ago 2019 - 18:01

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo / Do Local - Erika Oliveira

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Prefeito diz que está angustiado com greve e defende diálogo entre Governo e professores
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) manifestou apoio aos servidores da rede estadual de educação e disse que está angustiado com a greve dos professores, que já dura mais de 60 dias e atinge pelo menos um terço de estudantes que vivem em Cuiabá. De acordo com o emedebista, o governo tem o dever de dialogar exaustivamente com a categoria para encontrar a solução do problema.


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Questionado sobre o assunto nesta quinta-feira (1), o prefeito revelou que está sendo procurado por vários pais de alunos pedindo para que ele ajude no processo de intermediação do Governo com os professores.

“Como prefeito eu fico angustiado porque são milhares dos quase 450 mil alunos da rede estadual. Pelo menos um terço destes alunos são de Cuiabá. Sou abordado por muitos pais que pedem para eu fazer alguma coisa, pois os filhos estão dois meses sem estudar", afirmou o prefeito.

"Isso afeta nossa cidade, que está sofrendo muito com todo este processo. Eu estou à disposição, mas não tenho o que fazer, a não ser torcer para que o diálogo prevaleça e que venha uma proposta do Governo para que os trabalhadores possam se sentir respeitados e voltem a dar aula”, disse o prefeito, que revelou estar em diálogo com a categoria e garante que os professores querem voltar ao trabalho.

“Eu tenho negociado com o Sintep constantemente e eles são bem intencionados. Eles querem garantir as suas conquistas para a categoria, mas também entendem os limites do caixa. O que não pode haver é o desrespeito, não querer conversar e ser truculento. A categoria é bem intencionada, quer trabalhar e sabe que existe uma Lei de Responsabilidade Fiscal, mas todos precisam ser valorizados”, afirmou.

O chefe do Executivo, por fim, manifestou apoio ao direito da greve e destacou que o diálogo neste momento é a melhor arma para o governador Mauro Mendes (DEM) resolver o problema da greve.

“Acho que precisa de diálogo e principalmente respeitar a categoria. O direito de greve é Constitucional. Ninguém gosta de greve, os trabalhadores não gostam de fazer greve, que é o último ato, o grito de socorro para que seus direitos sejam respeitados e eles acabam tendo que lançar mão diante de um desrespeito flagrante a uma categoria fundamental para o desenvolvimento de nossa sociedade que é a educação”, finalizou.

Em greve desde o dia 27 de maio, os professores da rede estadual têm como principais reivindicações a concessão do pagamento de 7,6% de aumento aos professores e o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA).

Queda de braço judicializada 

Na terça-feira (30), a desembargadora Maria Erotides Kneip, membro do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) declarou abusivo o movimento grevista dos professores da rede estadual que dura pouco mais de dois meses, dando prazo de três dias para que as atividades retornem.

Os professores, no entanto, já afirmaram que vão recorrer e que a greve dos professores vai continuar, mesmo com a decisão.

Em conversa com deputados estaduais nesta semana, o governador Mauro Mendes disse que iria analisar com sua equipe econômica uma nova proposta ainda nesta quinta-feira.
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