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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Sindicato tenta TAC para nomeação de mais aprovados em concurso para delegados e luta por horas extras

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Sindicato tenta TAC para nomeação de mais aprovados em concurso para delegados e luta por horas extras
O Sindicato dos Delegados de Polícia de Mato Grosso (Sindepo) tenta um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que pelo menos mais 19 aprovados no último concurso para delegados sejam chamados pelo governador Mauro Mendes (DEM). Além disto, a presidente da categoria, delegada Maria Alice Barros Martins Amorim, também está em busca do ressarcimento pelas horas extras desempenhadas pelos profissionais, o que não é feito atualmente.


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“Existe um desgaste muito grande em razão da pouca quantidade de profissionais e do acumulo de trabalho. Buscamos junto à diretoria da Polícia Civil, secretário de Segurança, Ministério Público Estadual (MPE), apoio para que seja incrementada a quantidade. Queremos que se chame mais profissionais. É necessário”, disse a delegada em entrevista ao Olhar Direto.
 
Segundo Maria Alice, 19 delegados estão em condições de se aposentar, o que aumenta ainda mais a urgência na chamada dos aprovados no concurso. “Por mais que se chame, ainda é insuficiente. Não supri a carência. Reconhecemos a situação de calamidade financeira que o Estado diz passar. Mas precisamos estar cientes que questões inerentes à Segurança Pública é algo urgente e essencial para sobrevivência de unidades policiais. Existe um pleito, uma demanda do Sindepo, no sentido de se nomear mais aprovados no concurso. Estamos tentando firmar esse TAC, sabemos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), mas é inevitável a contratação”.
 
A presidente explica que a discussão da reforma da previdência trouxe insegurança para os profissionais, fazendo com que a demanda de aposentaria sofresse um aumento. Isso, conforme ela, existe dentro de toda a estrutura da Polícia Civil. Estes outros 19 delegados que seriam chamados, seriam justamente para tapar este buraco.
 
Ao todo, 146 delegacias estão em atividade, após a desativação de 16 na gestão de Mauro Mendes. O lotacionograma tem criado 400 cargos de delegados, mas apenas 220 deles estão ocupados.
 
“Temos uma deficiência enorme de delegados. São 3,4 milhões de habitantes em um território continental que temos em Mato Grosso. Se fizermos a conta, serão mais de 15 mil habitantes por delegado. É humanamente impossível fazer o trabalho”, pontua a delegada. 
 
Outro pleito da categoria é a regulamentação das horas extras e o cumprimento efetivo das 40 horas semanais pelos profissionais. “Hoje, os profissionais trabalham muito mais que isto e não são recompensados. Não tem hora extra ou um banco de horas. O delegado que está no interior fica de sobreaviso 24 horas por dia. Se tem um homicídio, ele tem que ir, mas não recebe por isso”.
 
“Por vezes, ficamos dias e dias acompanhando diligências. Quando chega no momento em que o Estado precisa compensar o servidor, não o faz. O banco de horas seria uma grande solução”, explicou a presidente.
 
Por fim, Maria Alice comenta que o sindicato tem uma gestão independente que “apoia quando entende que é de interesse para a categoria e sociedade. Mas também criticamos e apontamos as dificuldades para construir melhorias. Estamos construindo alguns projetos para apresentá-los ao governador, no sentido de trazer melhorias para a instituição toda, para a Segurança Pública. Não queremos que isto se torne uma guerra de vaidades, de poder. Queremos contribuir, cada um respeitando o espaço e o profissional que o outro é”, finalizou.
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