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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Perícia aponta que 18 propriedades tiveram dados fraudados para desmatamento ilegal

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Perícia aponta que 18 propriedades tiveram dados fraudados para desmatamento ilegal
Uma perícia realizada pelo Ministério Público Estadual (MPT), com auxílio de um pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e fiscais do Ibama, apontou que 18 propriedades tiveram seus dados fraudados na Secretaria de Meio Ambiente (Sema), com o objetivo de desmatar área ilegal. Por conta do fato, foi deflagrada na segunda-feira (16) a sexta fase da ‘Operação Polygonum’, que levou doze pessoas para prisão, dentre eles engenheiros florestais, proprietário de áreas rurais e até o coordenador da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).


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A investigação refere-se a fraudes praticadas por servidores públicos, proprietários rurais e engenheiros florestais, no âmbito da Gestão Florestal, visando a supressão da vegetação nativa, diminuindo a área destinada à Reserva Legal, ao classificar a tipologia da propriedade de área de floresta em área de cerrado, em desconformidade com a lei.
 
Peritos do Ministério Público, auxiliados por um pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e fiscais do Ibama, vistoriaram 22 propriedades, com indícios de crime em 18. Na operação desta segunda-feira, são dez áreas investigadas, em que foram constatadas as fraudes.
 
Os peritos constataram que as fraudes consistiam em inserir nos relatórios dados falsos sobre a fisionomia da vegetação (como dossel e sua altura) e composição florística (leva em conta o tipo de vegetação que ocorre no bioma).
 
A vegetação típica de floresta apresenta, por exemplo, altura de dossel (tipo e altura da copa das árvores)  e vegetação diferentes do que ocorre com vegetação típica de cerrado. Nos relatórios de tipologia, os engenheiros florestais atestavam que a altura do dossel e a vegetação encontradas na propriedade eram de cerrado, quando na verdade eram de floresta.
 
Relatórios de Tipologia elaborados por Engenheiros Florestais, contendo informações falsas acerca do tipo de vegetação existente no imóvel, eram encaminhados à Sema, cujo órgão era responsável por vistoriar a área e confrontar as informações apresentadas no laudo.
 
Ocorre que alguns servidores responsáveis pela vistoria iam a propriedades rurais e validavam as informações falsas, reenquadrando a classificação da fitofisionomia vegetal da propriedade, aumentando a área passível de desmate com diminuição do coeficiente de reserva legal.
 
Ainda, durante o minucioso trabalho realizado por equipe de analistas da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), em apoio às fases anteriores da Operação Polygonum, foi possível o cruzamento de informações, auxiliando no presente trabalho investigativo.
 
Os trabalhos de investigação das demais tipologias suspeitas serão feitos em conjunto pelo MP, Dema e Sema.
 
No total, foram cumpridos 12 mandados de prisão e 13 de buscas, totalizando 25 ordens judiciais expedidas contra engenheiros florestais, empresário e servidores da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).
 
A sexta fase da operação, com foco na tipologia de áreas, é resultado das investigações realizadas pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) e o Ministério Publico Estadual, com apoio do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).

Na terça-feira (17), todos os presos na ação foram colocados em liberdade após serem submetidos a audiência de custódia.

 
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