Apontado como o maior estuprador em série de Goiás e um dos maiores do país, Wellington Ribeiro da Silva, 52 anos, condenado a mais de 50 anos de prisão por ter matado a esposa e os filhos dela, no de 1997, em Rondonópolis (215 quilômetros de Cuiabá), filmava suas vítimas para evitar que elas o denunciassem. O delegado Carlos Leveger afirmou que o homem despreza as mulheres.

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“Ele despreza a mulher, a considera um ser inferior. Ele filmava as vítimas após o estupro para que elas não denunciassem, abusou por duas vezes de mães e filhas”, disse o delegado Carlos Leveger que também integra a força-tarefa que levou a prisão do homem, na quinta-feira (19), em Goiás. Ele estava foragido desde que conseguiu escapar da Penitenciária Major PM Eldo Sá Correa (Mata Grande), em 2013.
 
O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, destacou que, somadas todas as penas dos crimes cometidos pelo homem, o tempo de prisão pode chegar a 600 anos. “É preciso garantir que esse tipo de criminoso seja, de fato, punido. Se ele voltar para as ruas, certamente vai cometer outros crimes. Vamos acompanhar o cumprimento da pena que lhe for aplicada para que ele não saia do presídio”, assegurou.
 
Uma mulher, cuja identidade não foi divulgada, revelou que foi estuprada na frente do marido por Wellington.

 

Em vídeo divulgado pela polícia, a vítima relata que estava voltando da casa do cunhado. "Foi onde ele mandou eu tirar minha roupa e começou a fazer o ato, me estuprar, fazer o que quis, do lado do meu marido. Falou para ele [marido] não falar nada e nem olhar e nem eu olhar para a cara dele em momento algum. Depois disso ele prosseguiu e falou que não era para nos olharmos, porque senão ele matava a gente", disse.
 
Um vídeo obtido pela polícia mostra o homem passando por uma rua de Aparecida de Goiânia (GO) com uma garota de 12 anos na garupa. Ele a levou para um lugar afastado, onde praticou os abusos.
 
Chacina em Mato Grosso
 
O suspeito é apontado como autor do crime de grande repercussão, ocorrido em 1997 em Rondonópolis, conhecido como “Chacina do Monte Líbano”, em que assassinou a sua companheira e os dois filhos dela.
 
Na época dos fatos, Wellington comandava uma quadrilha envolvida em diversos roubos e homicídios e tinha um relacionamento com a vítima, Luzia Pereira da Cruz, que tinha dois filhos de outros relacionamentos. Depois de desconfiar que a companheira estava passando informações para a polícia, o suspeito decidiu matá-la.
 
Na noite do crime, Wellington foi até a casa da vítima e depois de conversarem algum tempo, ele a abraçou e sem possibilidade de resistência, esfaqueou a vítima violentamente. Não satisfeito, o suspeito decidiu tirar a vida dos dois filhos da vítima, um de dez e outro apenas de três anos de idade. Os corpos foram encontrados dias depois.