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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Reeleição à vista

Com folga na LRF e honrando salário e RGA, prefeita de Sinop lança pacotão de obras de infraestrutura

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Com folga na LRF e honrando salário e RGA, prefeita de Sinop lança pacotão de obras de infraestrutura
Enquanto a maioria dos políticos iniciam as articulações em torno das eleições do próximo ano, a prefeita de Sinop, Rosana Martinelli (PL), corre contra o tempo para cumprir uma missão mais urgente: vencer o processo burocrático que ainda trava o início de um grande pacote de obras em infraestrutura na cidade. “Eleição só no próximo ano”, garante ela, que em meio a um cenário de crise que assola todo o país conseguiu ficar abaixo dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e viabilizar um empréstimo de cerca de R$ 100 milhões para promover investimentos no município.


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“Hoje estamos com a LRF em torno de 47%, por conta da Reforma Administrativa. Reduzimos 3 secretarias, hoje estamos com 10. Reduzimos em 25% nossos alugueis, revimos todos os contratos. Nesses dois primeiros anos nós organizamos a casa, fizemos as readequações necessárias para o equilíbrio fiscal e financeiro, focamos em pagar os servidores em dia, cumprimos com a RGA em janeiro... Isso possibilitou que o município fosse contemplado por um financiamento de R$ 100 milhões. Nós abrimos um limite de R$ 400 milhões, num orçamento de R$ 450 milhões, então nós avançamos muito”, contou a prefeita.

Durante visita a Cuiabá, no início da semana, Martinelli conversou com exclusividade com a reportagem do Olhar Direto, falou da relação com o atual Governo do Estado, de quem foi oposição durante a campanha passada, e anunciou um “pacotão” de obras que incluem asfaltamento que aguardam pavimentação há mais de 30 anos.

Confira os principais trechos da entrevista:

OD – Prefeita, os reflexos de sua atuação à frente da Prefeitura de Sinop já consolidam seu nome como um dos mais fortes para as eleições do ano que vem. Como anda sua expectativa, a senhora já definiu se vem à reeleição?

Rosana Martinelli –
Eu estou focada em administrar Sinop até o final desse ano. Estamos com um pacote grande de obras, é o maior pacote de infraestrutura e de asfaltamento do município. Então, nós estamos muito focados em realizar essas obras. Nos dois primeiros anos nós organizamos a casa, fizemos as readequações necessárias para o equilíbrio fiscal e financeiro, em pagar os servidores em dia, cumprimos com a RGA em janeiro... Isso possibilitou que o município fosse contemplado por um financiamento de R$ 100 milhões. Nós abrimos um limite de R$ 400 milhões, num orçamento de R$ 450 milhões, então nós avançamos muito. Estamos em fase de processo licitatório, concluindo os projetos, e nossa meta agora é finalizar esse processo burocrático e dar a ordem de serviço antes do início das chuvas. São bairros que esperam o asfalto há mais de 30 anos. Eleição nós vamos tratar só no próximo ano. Eu tenho um compromisso com Sinop e ainda tenho muito o que fazer.

OD – A senhora mencionou essa folga de R$ 50 milhões no orçamento. Quais foram as medidas que a senhora adotou ao assumir a Prefeitura e como conseguiu estabelecer esse equilíbrio fiscal num momento em que todos os gestores públicos reclamam de crise?

Rosana Martinelli –
Nós fizemos os ajustes que foram necessários, cortamos secretarias, otimizamos os recursos e também implantamos ações mais efetivas de arrecadação própria. Nós fizemos um georreferenciamento que equilibrou para que todas as pessoas paguem o IPTU de maneira justa, aumentando o valor da correção preconizada por lei, porque o povo de Sinop é bom pagador. Agora estamos melhorando a parte tecnológica da Prefeitura. Hoje estamos com a LRF em torno de 47%, por conta da Reforma Administrativa, reduzimos 3 secretarias, hoje estamos com 10. Reduzimos em 25% nossos alugueis, revimos todos os contratos...

OD – A senhora fez campanha para o senador Wellington Fagundes (PL) nas eleições passadas. Como anda a relação com o atual governador, Mauro Mendes (DEM), que derrotou seu candidato nas urnas?

Rosana Martinelli –
Olha, nós fomos muito penalizados pelo Governo anterior em relação à Saúde. Não pagou os recursos, aproximadamente R$ 8 milhões, então nós judicializamos o que ficou para trás. O Governo atual está pagando a parte dele, o que esperamos agora é receber os atrasados. Nós sofremos muito pela omissão do Estado. O município gastou em média 34%, R$ 80 milhões de orçamento próprio para manter os atendimentos. Estamos utilizando recursos próprios para fazer cirurgias, precisamos avançar ainda mais nessa área.

Nós tínhamos um candidato [ao Governo], que hoje é nosso braço forte em Brasília, que é o senador Wellington. Mas nós temos um bom relacionamento com o Governo atual. Eu acredito que quando um Governo é novo você tem que dar um crédito para que ele faça seu trabalho. Então, estamos dando um tempo para que ele realmente se organize e faça o que precisa ser feito. Sinop precisa muito, porque das escolas que foram iniciadas nenhuma foi concluída. E, principalmente, na saúde, como eu estava dizendo, porque o município faz a parte básica, mas o Estado precisa cumprir com sua parte. Queremos que credenciem médicos para que a cirurgia cardíaca seja feita lá, para que os pacientes não precisem vir para Cuiabá. A alta complexidade é competência do Estado e acaba que sobrecarregou a nossa UPA em função da omissão do Governo anterior.

Nosso Hospital Regional tinha 115 leitos e o Taques passou para 55, isso causou um problema muito sério. Hoje está próximo de 100 [leitos], o Governo atual está regularizando.

OD – E com relação à Câmara do Município, como anda a relação da gestão da senhora com os vereadores?

Rosana Martinelli –
Nossa base hoje é maioria e os vereadores nos ajudam muito nesse processo político-administrativo.

OD – Além da infraestrutura, quais são as outras áreas que a senhora destaca que foi possível avançar?

Rosana Martinelli -
Nós fizemos investimentos muito fortes na área da Educação, colocando uniformes para as crianças, livros, parquinhos, investimos nos servidores e queremos ainda reformar escolas. E não somente ampliando, mas principalmente dando estrutura para que as nossas crianças sejam bem atendidas. Também é uma prioridade nossa investir mais na saúde. Já contratamos médicos, investimos nos postos de saúde, mas a gente precisa avançar ainda mais nesse tema. Queremos também atrair mais empresas, estamos aí com o desafio da implantação do Porto Seco, porque vai facilitar a exportação e a importação de produtos. Já contamos com a instalação da Ferrogrão e o terminal da Ferrovia vai ser lá, então nós queremos também o Porto Seco para completar esse ciclo de desenvolvimento. Nós já protocolamos em Brasília, na Secretaria da Receita Federal, e vamos entregar o estudo de viabilidade para que se inicie o processo licitatório, que será feito com investimentos da iniciativa privada.
 
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