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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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Segurança máxima

Líderes de facção são isolados na PCE; acesso é restrito a grupo de intervenção

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Líderes de facção são isolados na PCE; acesso é restrito a grupo de intervenção
Os líderes do Comando Vermelho, que atuavam no comando dos vários raios existentes na Penitenciária Central do Estado (PCE), foram isolados em apenas um deles para evitar que emanassem ordens para cometimento de crimes para o mundo exterior. No novo local, o acesso é restrito aos agentes do Grupo de Intervenção Rápida (GIR). A informação foi revelada ao Olhar Direto pelo diretor da unidade, Agno Sérgio Ramos.


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Segundo o diretor, a situação dentro da unidade é tranquila, mas todos estão de prontidão, pois não é permitido nenhum tipo de relaxamento nos procedimentos adotados na unidade. Nos primeiros 30 dias, os agentes estiveram 24 horas por dia de olho em tudo o que se passava no local.
 
“Nossa ideia é desarticular o Comando Vermelho. Dissolvemos a liderança, cortamos a comunição e prejudicamos a gestão financeira. Apertamos bastante [a fiscalização]. Não zerou ainda o número de celular porque eles ainda conseguiram esconder alguns poucos, mas continuamos às buscas. Não está fácil para eles. Estamos fechando todas as portas de entrada”, disse o diretor em entrevista ao Olhar Direto.
 
Agno conta que os criminosos já tentaram, após o início da operação, tentar entrar com celulares das mais diferentes formas. “Sempre tentam, até por drone. Mandei cobrir a região onde jogam, colocamos telas, parecidas com aquela de galinheiro, para evitar que joguem celulares. Estamos intensificando de todas as formas este tipo de fiscalização”.
 
Alguns dos criminosos conhecidos da unidade, como é o caso de Sandro Louco, já estavam isolados dos outros presos. Porém, após o início da intervenção, os líderes dos raios um, dois, três e quatro foram realocados para o cinco, onde a premissa é de segurança máxima.
 
“Colocamos todos eles em um lugar só, longe dos seus comandados. Sendo assim, conseguimos fazer com que eles não repassem as ordens para os outros. Além disto, criamos um procedimento de que apenas os servidores do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) é que entram neste raio. Nenhum outro servidor tem acesso”, explica o diretor.
 
Em uma revista realizada no raio dois, na última quinta-feira (10), descobriu-se que, durante a visita da última semana, quando os presos ficaram soltos no corredor em frente as celas, fizeram uma ligação clandestina de energia.





Apreensão

A intervenção realizada na Penitenciária Central do Estado (PCE), que teve início no dia 12 de agosto deste ano, com o objetivo de fazer uma limpa e reformar a unidade, teve balanço. No total, foram 171 celulares encontrados, 500 chips e até uma churrasqueira. O gestor da pasta, Alexandre Bustamante, destacou a redução no número de crimes neste período em que o acesso dos detentos ao mundo externo foi dificultado.

Entre os materiais apreendidos estão 171 celulares (de diversas marcas e modelos), mais de 500 chips de telefonia, 12 baterias de celular, drogas, facas artesanais (chuchos), churrasqueira, sanduicheira, entre outros.

Também foram apreendidos 352 cadernos do crime organizado, com detalhes da contabilidade das facções e seu relacionamento com o exterior da unidade. Parte deste material já está sendo analisado pela Polícia Civil e o setor de inteligência do sistema prisional.

A operação foi prorrogada por mais 30 dias, como já havia antecipado o Olhar Direto. Isso porque ajustes ainda precisam ser feitos, assim como uma estruturação. O secretário deixou claro também que os reeducandos que danificarem o ambiente serão punidos com a perda de benefícios.

Operação
 
A operação foi batizada de “Agente Douglas” em homenagem ao agente penitenciário executado por membros do Comando Vermelho, na cidade de Lucas do Rio Verde, com vário tiros de pistola 0,9 mm, quando chegava em sua residência.
 
A operação de reforma na Penitenciária Central do Estado foi iniciada no dia 12 de agosto. Estão sendo realizadas mudanças nas celas, pinturas e retirada de produtos que estão em desconformidade com o Manual de Procedimento Operacional Padrão do Sistema Penitenciário.

Além da reforma, a operação de revista geral tem o objetivo de fortalecer as ações de enfrentamento a crimes que possam ser cometidos dentro da unidade penal, além de se antecipar a possíveis atos delituosos.
 
A operação é realizada apenas na Penitenciária Central do Estado, não sendo estendida a nenhuma outra unidade no interior ou mesmo na Capital.
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