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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Polícia faz buscas em casa de adolescentes que prometeram massacre em escola

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Polícia faz buscas em casa de adolescentes que prometeram massacre em escola
Policiais da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) de Várzea Grande fizeram, na tarde desta quinta-feira (17), buscas nas casas dos adolescentes de 16 anos que ameaçaram cometer um massacre, com ‘muito derramamento de sangue’, na Escola Estadual Deputado Salim Nadaf, no bairro Cristo Rei. O atentado, conforme mensagens do WhatsApp, aconteceria na sexta-feira (18).


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Ao Olhar Direto, o investigador Galvão, chefe de operações da especializada, confirmou que a denúncia foi recebida pela Polícia Civil e explicou que foram realizadas diligências junto com a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) para encontrar os responsáveis.

Policiais foram até a casa dos adolescentes, onde foram realizadas buscas. "Foi constatado, através de mensagens no WhatsApp, que os adolescentes estavam apenas brincando. Porém, não descartamos nenhuma hipótese, de que poderia estar acontecendo algo sério".

Até agora, os índicios apontam para uma brincadeira de mau gosto feita pelos adolescentes, segundo o chefe de operações. O caso é acompanhado pelo delegado Romildo Grota Júnior.

Os menores estão sendo ouvidos pelo psicólogo da especialziada e são acompanhados pelos pais. 

O caso

A Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) de Várzea Grande apura uma suposta ameaça de massacre, com ‘muito derramamento de sangue’, na Escola Estadual Deputado Salim Nadaf, no bairro Cristo Rei. A situação, que estaria marcada para acontecer na sexta-feira (18), causou pânico em estudantes, pais e profissionais da unidade.
 
Nas mensagens divulgadas pelos estudantes em grupos de WhatsApp, os dois adolescentes, que tem 16 anos, prometiam fazer um ataque pior que o realizado em Suzano (SP), para se vingar de um suposto bullying sofrido.

“Sob o comando do delegado Romildo Grota Júnior, iniciou-se as investigações e conseguimos localizar dois adolescentes, que seriam os responsáveis pelas mensagens. Um já está sendo ouvido em depoimento. Foi constatado, através de verificação nos telefones, que parece se tratar de uma brincadeira de mau gosto”, disse o investigador.

Outra ameaça

Em julho deste ano, uma suposta ameaça de massacre na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) deixou os alunos e funcionários apavorados, em Cuiabá. Postagens feitas no WhatsApp, por dois universitários, ligaram o alerta na instituição. Em uma foto, um dos suspeitos aparece com a cabeça coberta por um capuz, dizendo que cometeria o crime.

Uma das imagens divulgadas em um dos grupos mostra um dos suspeitos utilizando uma balaclava para esconder o rosto. Na legenda, ele fez a ameaça: “Partiu, massacre hoje galera”. Ele também usa uma camiseta que estampa uma imagem de um jogo de tiros.
 
Em uma das mensagens, obtidas pelo Olhar Direto, um dos suspeitos afirma no grupo que “eu fiz algo com meu finado irmão mais velho que não gostaria de ter que fazer de novo para alcançar o respeito seu ou da turma toda. (...) As aparências enganam muito. Fica a dica, se respeitem, me respeitam e tudo acaba bem”.

Neste caso, a ameaça também foi identificada como uma brincadeira.

Alerta

A pedagoga Aloma Ribeiro Felizardo pede que os professores tomem cuidado ao participarem de grupos de aplicativos de mensagens com seus alunos menores de idade. A profissional alerta quanto a possibilidade de crimes virtuais já que eles podem ser responsabilizados. No primeiro semestre de 2019, houveram diversos casos de ameaças de massacre em Mato Grosso por grupos de WhatsApp após o ataque em uma escola de Suzano (SP).  Aloma é doutoranda em Psicologia Social e mestranda em Sistemas de Resolução de Conflitos, licenciada em Pedagogia e estudiosa de bullying, cyberbullying e justiça restaurativa na escola.

Durante sua palestra, Aloma definiu o bullying como “um fenômeno em grupo”. Até mesmo as testemunhas contribuem para que o ato seja consumado com maior eficácia porque, ao se ocultarem, o agressor se sente mais forte. Muitos alunos se sentem impedidos de intervir porque temem em serem os próximos a sofrer as agressões verbais e físicas.

Partindo sobre a prática do cyberbullying, a profissional pontua que é comum a vítima sequer saber quem é o seu agressor por conta do anonimato que é dado a ele, além de que o ato pode acontecer a qualquer momento. A vantagem de não ter o face a face também contribui para que a agressão se agrave, podendo também ter milhares de espectadores.

Ameaças em Mato Grosso

O primeiro caso em Mato Grosso após o massacre em Suzano ocorreu em março, na cidade de Cáceres (a 219 km de Cuiabá). No grupo, um adolescente de 17 anos afirmou dizer que iria fazer um massacre na unidade escolar onde estudava. Na época, os 18 estudantes envolvidos no caso foram detidos e ouvidos pela Polícia Civil.

As ameaças começaram dias depois do massacres em Suzano, no estado de São Paulo, resultando na morte de 10 pessoas. A dupla de atiradores, Guilherme Taucci Monteiro (17 anos) e Luiz Henrique de Castro (25 anos), mataram cinco estudantes e duas funcionárias; depois, um dos atiradores matou o comparsa e em seguida cometeu suicídio. Antes do massacre na escola, a dupla também matou o tio de Guilherme.
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