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Quarta-feira, 17 de abril de 2024

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Aplicativos de transporte derrubam expectativa de passageiros para o VLT; estudos já custaram R$ 4,3 milhões

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Aplicativos de transporte derrubam expectativa de passageiros para o VLT; estudos já custaram R$ 4,3 milhões
O secretário-adjunto de Obras Especiais, Isaac Nascimento Filho, disse que um novo estudo sobre a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) é necessário porque a chegada dos aplicativos de transporte mudou a realidade em Cuiabá e Várzea Grande. Sendo assim, o Estado irá desembolsar mais R$ 800 mil somente para saber se há viabilidade na continuação do projeto. Vale lembrar que outros R$ 3,5 milhões já foram gastos para uma análise do turvo futuro do modal.


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Representando o governo do Estado, o secretário-adjunto de Obras Especiais, Isaac Nascimento Filho, compareceu audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para discutir a situação do VLT e explicou a necessidade de o estado atualizar informações de dados do transporte coletivo antes de qualquer decisão.
 
“Foi contratada uma consultoria que vai atualizar dados de demandas dos usuários do transporte coletivo. Houve queda do número de usuários do transporte coletivo em razão da facilidade da utilização de aplicativos de transporte com corridas em grupos. Não dá para operar o VLT com o sistema integrado ao transporte coletivo sem saber diversos detalhes”, disse.
 
A expectativa é que o estudo técnico seja concluído somente no final do mês de março de 2020.
 
O anúncio da contratação da consultoria gerou questionamentos do vereador por Cuiabá Abílio Brunini (PSC). O parlamentar lembrou que foi contratada pela gestão anterior uma consultoria no valor de R$ 3,5 milhões com o intuito de auxiliar no estudo técnico para retomada das obras do VLT.
 
O vereador por Cuiabá Diego Guimarães (PP) se mostrou preocupado com a falta de definição a respeito do VLT, uma vez que tem impacto direto na licitação do transporte público de Cuiabá. “Não se consegue atrair boas empresas por conta da dúvida a respeito do VLT ser concluído ou não. Ainda prevalece o impasse a respeito de ter um sistema integrado ou não. O impasse a respeito do VLT precariza o transporte de Cuiabá”, ressaltou.
 
O deputado Wilson Santos ainda destacou na audiência pública que o governo de Mato Grosso já registra gasto superior a R$ 1 bilhão com as obras do VLT, ainda que elas estejam paralisadas e sem perspectiva alguma de conclusão.
 
“O estado já pagou R$ 900 milhões pela obra e renunciou a outros R$ 106 milhões. A União já desconta diretamente do Fundo de Participação dos Estados (FPE) uma quantia de até R$ 15 milhões mensais para a amortização da dívida”, destacou Wilson.
 
O vice-presidente do Instituto de Engenharia de Mato Grosso, Jorge Rachid Jorge, lembrou que o VLT já consumiu mais de R$ 1 bilhão e 600 milhões. Ele citou como exemplo que, no governo de Pedro Taques, foram pagos somente de empréstimos aos bancos federais mais de 500 milhões de reais e que, em dez meses do atual governo, já foram desembolsados mais de R$ 120 milhões apenas de empréstimos.
 
“Participamos intensamente da causa da ferrovia para Mato Grosso, e agora do VLT. Esta obra é um desejo dos cuiabanos e mato-grossenses. É um transporte limpo e menos poluentes do que os ônibus. Acreditamos que o governador tem que respaldar para alguns dados, como, por exemplo, esse grupo de trabalho. Esses R$ 800 mil investidos pelo governo do estado nesta avaliação não serão um bom negócio. A realidade do VLT possui dados muito convincentes, mas o governador precisa tomar uma decisão mais rápida para a população”, indicou Rachid.
 
VLT
 
O início das obras do VLT começou desde 2012, quando o consórcio iniciou a implantação do modal com um custo inicial de R$ 1,4 bilhão. O projeto estava prometido para 13 de março de 2014, vinculado a outros de mobilidade previstos para a Copa do Mundo de 2014.
 
Cuiabá foi uma das sedes do mundial. O modal foi projetado para ter uma extensão de 22 quilômetros, com dois itinerários. O primeiro trecho ligaria o Aeroporto Marechal Rondon até a Avenida Rubens de Mendonça. O segundo sairia da Avenida Tenente Coronel Duarte até a região do Coxipó.
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