Olhar Direto

Sábado, 20 de abril de 2024

Notícias | Cidades

Representação

Delegadas afirmam que Rogers Jarbas foi nomeado secretário para blindar esquema de grampos ilegais

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Delegadas afirmam que Rogers Jarbas foi nomeado secretário para blindar esquema de grampos ilegais
As delegadas Ana Cristina Feldner e Jannira Laranjeira, que representaram contra o ex-secretário de Estado de Segurança Pública, o delegado Rogers Jarbas, afirmaram que ele só foi nomeado para este cargo para que protegesse a organização criminosa que praticava grampos ilegais em Mato Grosso, esquema que ficou conhecido como “Grampolândia Pantaneira”. Na representação que resultou na aplicação de novas medidas cautelares ao delegado, elas afirmam que ele, de fato, integrou a organização.

 
Leia mais:
Justiça volta a aplicar medidas cautelares e ex-secretário usará tornozeleira novamente
 
O juiz Jorge Tadeu, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, acatou o pedido das delegadas Ana Cristina Feldner e Jannira Laranjeira e aplicou novamente medidas cautelares a Rogers Jarbas, entre elas o uso de tornozeleira.
 
Na representação que fizeram, as delegadas começam citando que o vínculo de Jarbas com a gestão de Pedro Taques começou em 2015, quando ele foi nomeado para assumir a presidência do Detran-MT. Segundo Feldner e Laranjeira, não consta nos autos a origem do vínculo entre Rogers e Taques, nem a motivação do convite, apenas especulações de que teria tido aval de Paulo Taques, primo do governador e então secretário de Estado da Casa Civil. Elas afirmam que até este momento é desconhecida eventual participação de Rogers na organização criminosa.
 
No entanto, elas dizem que após a saída do promotor Mauro Zaque do cargo de secretário de Estado de Segurança Pública, em razão dele ter denunciado ao governador os grampos ilegais, a organização criminosa buscou alguém que pudesse blindá-la, e este alguém seria Jarbas.
 
“A organização criminosa teria percebido que para a manutenção da mesma e preservação de seus integrantes, ter um secretário de Estado de Segurança Pública que gozasse da confiança da ORCRIM tornou-se prioridade. Assim, por um breve espaço de tempo, cerca de três meses, o cargo foi ocupado pelo então promotor Fábio Galindo, que participou do secretariado de Mauro Zaque. Porém, na sequência, houve a nomeação de Rogers Jarbas, com o nítido intuito de proteger a Organização Criminosa, fechando o flanco que havia”.
 
Elas avaliam que um dos grandes erros da organização criminosa foi não ter ocupado a Sesp logo no início da gestão. O cargo de secretário foi preenchido após o de comandante geral da Polícia Militar, que ficou para o coronel Zaqueu Barbosa, que já foi condenado na Justiça Militar pelos crimes praticados neste esquema.
 
“Exatamente por não terem conseguido cooptar o então secretário Mauro Zaque que a denúncia foi realizada”, dizem as delegadas.
 
Após a saída de Mauro Zaque da Sesp, a manutenção da estrutura e funcionamento da organização criminosa passava por uma “reestruturação funcional”, missão que foi dada a Jarbas.
 
“Desta forma, tornava-se imperioso que a organização criminosa tivesse o alcance e controle daquele local, especialmente no intuito de tentar ter o controle de eventuais investigações que interferissem nos interesses do grupo criminoso”.
 
“A partir deste momento não resta dúvidas que Rogers Jarbas passou a integrar a organização criminosa [...] Aliás, a defesa de integrantes identificados após a denúncia apresentada pelo promotor Mauro Zaque sempre foi pública por parte de Rogers Jarbas”, afirmam as delegadas.
 
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet