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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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LIDERANÇA DO AGRO

Blairo Maggi afirma que dólar em alta é bom para Mato Grosso e refuta Fethab 3

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Blairo Maggi afirma que dólar em alta é bom para Mato Grosso e refuta Fethab 3
O ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP), considerado um dos principais empresários do agronegócio do mundo, deu uma declaração no mínimo inusitada para quem é leigo sobre a economia ao dizer que a alta do dólar é algo bom para Mato Grosso. Maggi reclamou, no entanto, da carga tributária que vem sendo aplicada sobre o setor e rechaçou a criação de mais um Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), o ‘Fethab 3’.


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O preço do dólar, hoje cotado em cerca de R$ 4,20, foi uma das bandeiras de campanha do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que prometeu baixar o cambio depois de eleito. O valor da moeda americana, embora não seja definido pelo governo brasileiro, é frequentemente utilizado pela sociedade, de um modo geral, para classificar o bom ou mau desempenho de uma gestão.  

“O dólar mais apreciado não é ruim para a agriculta, é bom. Porque nossos custos, em reis, giram em torno de 60%. Só o restante é na moeda americana. E a desvalorização do real que deixa mais barato a mão de obra, os impostos, combustível, entre outros. Não é ruim. Um câmbio depreciado é muito pior para a agricultura aqui no Estado. Mas a respeito de mais impostos sobre o setor agrícola, descarto totalmente. Está muito pesado já, não temos preços bons. Temos de olhar com muita cautela para não ferir a galinha dos ovos de ouro do Estado de Mato Grosso”, explicou Blairo Maggi, ao ser questionado por jornalistas sobre declarações recentes do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), que sugeriu a criação de um novo fundo para cobrir o rombo da Previdência do Estado.

Atualmente, o agronegócio já contribui com dois fundos: os Fethab 1 e 2. A taxação é fortemente criticada pelo setor e foi criada, inicialmente, para arrecadar recursos exclusivamente para transporte e habitação. Com o passar dos anos, modificações foram aprovadas pela Assembleia Legislativa e permitiram até que o recurso ajudasse a custear obras da Copa do Mundo de 2014.

O ex-governador Pedro Taques (PSDB) criou o Fethab 2 em 2015 e criou um Conselho Diretor sobre os recursos. O fundo complementar feito por Taques, no entanto, foi pensado com prazo de encerramento e perdeu a validade em dezembro de 2018.

Quando assumiu o governo, Mauro Mendes encaminhou à AL nova alteração no fundo, que foi aprovada ainda em janeiro, antes de a atual legislatura ser empossada. O “Novo Fethab” aumentou a arrecadação sobre diferentes setores.

“Já vimos no passado, não muito distante, quando foi necessária fazer uma securitização, ampla renegociação das dívidas dos produtores, porque os preços e juros ficaram elevados. Espero que todos tenhamos bom senso para saber qual o tamanho que pode ser retirado sem prejuízo”, reforçou Blairo Maggi.

O ex-senador, no entanto, elogiou o trabalho que o governador Mauro Mendes vem fazendo com relação às finanças do Estado e considerou dispensável a criação de mais um imposto. “O Mauro está colocando as contas do Estado em dia. É uma nova forma de administrar. Conversamos com os prefeitos no interior, os repasses estão sendo feitos. As obras estão em dia. Parece que teremos um ano totalmente diferente do que foi este, com uma saúde financeira melhor”, pontuou.
 
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