Um homem de 35 anos foi atropelado na madrugada desta sexta-feira (13), na avenida General Melo,em Cuiabá, após uma confusão que envolveu insinuações a uma mulher de 39 anos.  O caso foi registrado por volta de 2h30 da madrugada. Contrariando a narrativa de boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, a vítima afirmou ao Olhar Direto que não sofreu abuso sexual. 

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Ela contou que estava saindo de uma tabacaria acompanhada da filha quando pediu que um amigo, vizinho de condomínio, fosse até lá. Chegando ao local, esse homem teria solicitado que ela permanecesse no banco da frente do carro, mas teria feito ‘gracejos’ que não foram aceitos pela mulher. Uma amigo da vítima também teria entrado no carro, mas  o condutor quase deixou o local ainda com a porta do passageiro aberta.

Nessa confusão, o motorista teria gritado com uma jovem, filha da mulher de 39 anos. Nisso, o dono do veículo teria voltado a fazer insinuações e insistido para que ela fosse embora com ele. Assustados, os ocupantes desceram do carro e foram a uma tabacaria próxima, onde estavam outros amigos. “Eu cheguei perto dos meninos e eles me perguntaram o que estava acontecendo. Nisso, um colega meu chegou para conversar e passou a bater boca e desferiu um murro no motorista, que revidou”, contou a mulher de 39 anos.

Na sequência, o condutor deixou o local e atropelou um dos presentes, que estava no meio-fio próximo ao local. Para a mulher, como o condutor estava alcoolizado não é possível dizer se o atropelamento foi proposital. “Não sei se ele fez de propósito. Por duas vezes ele tentou engatar  a marcha-ré e foi descer a rua e atropelou o rapaz, que estava na calçada. Eu estava na tabacaria e nisso ouvi o barulho e depois vi o menino no chão e todo mundo estava ligando para o Samu”. 

Ainda conforme a mulher, uma viatura esteve no local e ela repassou rapidamente informações sobre o que havia acontecido. Ao Olhar Direto, ela declarou que não descreveu ter sido vítima de um estupro. A jovem deverá procurar uma unidade policial para registrar um segundo Boletim de Ocorrências explicando como a situação ocorreu. 

“Foi tudo muito rápido. Não deu nem dois minutos e ele [jovem atropelado] foi levado para o PSMC. Eu não tive tempo de prestar toda essa riqueza de detalhes. Eu fui com ele. Não soltei a mão dele e depois não tive mais acesso à Polícia e nem aos veículos de comunicação”.
 
Ela defende ainda que a Polícia investigue o que de fato ocorreu. “Ficou mal explicado, mas o que é certo, é o certo. Ninguém sabe onde ele está [o responsável pelo atropelamento], mas eu vou atrás da verdade”, finalizou.

A vítima do acidente sofreu uma luxação na perna e ferimentos no rosto. Conforme a mulher, deixou o hospital no início da tarde desta sexta-feira.

O caso deverá ser apurado pela Polícia Civil.

*Atualizada às15h30