Mesmo não conseguindo convencer a maioria dos colegas de Assembleia Legislativa e sofrer uma derrota com a aprovação parcial Reforma da Previdência proposta pelo governador Mauro Mendes (DEM), o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) saiu capitalizou politicamente com embate, conquistando prestígio com os servidores públicos, que já fazem uma corrente para que o petista dispute a eleição suplementar para o Senado, que deve acontecer até o mês de abril.
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Com a ausência por questões médicas da deputada Janaína Riva (MDB), que desde a legislatura passada era a queridinha dos servidores, assim como os oposicionistas Wilson Santos (PSDB) e Elizeu Nascimento (DC), que optaram por votar pela aprovação do aumento da alíquota, os servidores viram em Lúdio um representante para lutar pelas pautas dos trabalhadores no Congresso Nacional, pela forma como tentou combater a proposta governista, que aumentou de 11% para 14% a contribuição previdenciária em Mato Grosso.
Em redes sociais, os servidores já lançaram a hashtag (palavra-chave) #QueroLudioSenador como uma forma de sensibilizar o parlamentar para que ele se lance para a disputa da cadeira que será deixada em breve pela senadora cassada Selma Arruda (PODE).
A professora universitária Edna Sampaio, que é membro do Fórum Sindical, publicou vídeos em suas redes sociais afirmando que Lúdio é o melhor nome para assumir os próximos sete anos no Senado Federal. “Nós precisamos de gente lá em cima que nos defenda”, disse.
O petista, no entanto, tem declarado publicamente desde 2019 que pretende cumprir todos os quatro anos de seu mandato de deputado estadual e que não pensa em disputar eleição em 2020, tanto para Prefeitura de Cuiabá, quanto na suplementar para o Senado.
A Executiva Nacional do PT, liderada pela deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), assim como o presidente de honra do partido, o ex-presidente da República Luís Inácio Lula da Silva, já deram aval para que o comandante do partido em Mato Grosso, o deputado estadual Valdir Barranco, mobilize uma candidatura.
Desde que Selma Arruda teve diploma cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 10 de dezembro, pelas infrações de caixa 2 e abuso de poder econômico durante sua campanha em 2018, os filiados do PT no Estado têm manifestado o desejo em construir um projeto para ficar com a vaga e fortalecer a oposição ao governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, que atualmente conta com seis representantes no Senado.
Entre os nomes ventilados pelo partido para entrar na disputa, tem se falado da deputada federal Rosa Neide, do ex-deputado federal Carlos Abicalil e do próprio Lúdio Cabral.
