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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Raoni e 45 povos indígenas lançam manifesto e citam ódio e violência promovidos por Bolsonaro

Foto: Mário Vilela/Funai

Raoni e 45 povos indígenas lançam manifesto e citam ódio e violência promovidos por Bolsonaro
Líder indígena reconhecido internacionalmente desde os anos 1980, Kayapó Raoni, e mais 45 povos do Brasil, lançaram um manifesto, em que citam, entre outras coisas, ameaças e falas de ódio promovidas pelo presidente Jair Bolsonaro. Entre os dias 14 e 17 de janeiro, mais de 600 indígenas foram convocados na aldeia Piaruçu, na Terra Indígena Capoto Jarina, em Peixoto do Azevedo (a 697 quilômetros de Cuiabá), para juntar forças e denunciar o que eles chamam de projeto político de genocídio, etnocídio e econídio.


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"O Estado brasileiro tem que entender que tem uma dívida histórica com os povos indígenas. Nós somos os primeiros habitantes desse nosso país. Não apenas defendemos o meio ambiente: somos a própria natureza. Se matar o meio ambiente, está matando nós. Sempre queremos floresta em pé, não porque a floresta é bonita, mas porque todos esses seres que habitam a floresta fazem parte de nós e correm no nosso sangue", diz  trecho do manifesto.

Assinado no dia 17, o documento cita que as ameaças e falas de ódio do Governo Bolsonaro estão promovendo violência contra povos indígenas, o assassinato de lideranças e invasão de terras. "Hoje temos que nos preparar para enfrentar não só o Governo, mas também reagir a violência de alguns setores da sociedade, que expressa de forma muito clara o racismo, simplesmente pelo fato de sermos indígenas". O encontro contou com mulheres e também com a juventude indígena.  

O manifesto pontua também sobre o episódio ocorrido em 2019, quando o presidente teria dito que Raoni não seria a principal liderança indígena, em um encontro da Organização das Nações Unidades (ONU). "Afirmamos que o Cacique Raoni é sim a nossa liderança, ele nos representa. Ele será nossa referência, por sua luta firme e pacífica de liderança, hoje e sempre. Por isso apoiamos sua candidatura ao prêmio Nobel da Paz", afirmam.

Raoni Metuktire já foi recebido por autoridades de todo o mundo ao longo de sua militância em defesa dos povos tradicionais e das florestas brasileiras. Ele estava recolhido há alguns anos em sua aldeia, no Xingu, em Mato Grosso, mas voltou à ativa, aos 89 anos diante das queimadas do ano passado e em protesto às políticas ambientais do governo Bolsonaro. 
 
O manifesto completo pode ser acessado AQUI.
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