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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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PRESSÃO NAS RUAS

"Querem ele morto", diz advogada de Bruno após desistência do Operário

Foto: Alex de Jesus/O TEMPO

Logo depois da desistência do Clube Esportivo Operário Várzea-Grandense (CEOV) em contratar o goleiro Bruno Fernandes, cuja negociação vinha acontecendo há semanas, a advogada do atleta, Mariana Migliorini, confirmou a justificativa do clube, dada na tarde de quinta-feira (22), sobre a perda de patrocinadores e acrescentou que as pessoas querem ele morto. Bruno foi condenado a mais de 20 anos de prisão pelo sequestro, assassinato e ocultação do cadáver de Eliza Samudio, em 2010. 


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"Os empresários de Várzea Grande não querem ter o nome do Bruno vinculado a eles por conta da repercussão social. Querem ele morto, isso não é pena, não é algo civilizatório. O Bruno já pediu perdão, cumpriu a pena. Deus perdoa, a sociedade não", afirmou ao site O Tempo.

Quando soube da desistência da contratação, segundo a advogada, o goleiro ficou "extremamente triste, sem dormir e sem comer".

O comunicado sobre a desistência das negociações foi emitido à imprensa no começo da tarde desta quarta-feira (22). O clube cedeu à pressão da opinião pública e ao medo de perder recursos importantes para o ano em que disputará a Copa do Brasil e tem feito um planejamento visando o Campeonato Mato-grossense.

Diante da onda de manifestações contrárias, as empresas Pork Premium e Locar Gestão de Resíduos haviam desistido de patrocinar o time, para não terem a imagem associada à do atleta condenado pela Justiça.

"A gente acabou perdendo alguns patrocinadores que eram do clube, isso foi fazendo a gente repensar muito, porque sem dinheiro você não consegue fazer futebol", informou André Xéla, supervisor de futebol do Operário, ao Olhar Direto

Anteriormente, a Martinello e a cooperativa Sicredi, que patrocinam o Campeonato Mato-grossense, desautorizaram o uso das respectivas marcas nos uniformes do time e em painéis utilizados em entrevistas. 

Na noite de terça-feira (21), manifestantes se reuniram no entorno do estádio Dito Souza, instalado no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, onde seria realizada uma partida de futebol do tricolor e protestaram contra a contratação. As mulheres estavam vestidas de preto e, além de cartazes, seguravam um cartão vermelho nas mãos, que indica a expulsão de um jogador em uma partida de futebol.

"Metade apoiava, mas a outra metade que não, consegue fazer um barulho muito grande. Estavam pressionando bastante os patrocinadores, quando saiu a camisa 2020, eles sabiam quem eram", acrescentou Xéla.

“A gente vai dar todo respaldo jurídico para finalizar esse processo, porque agora tem a volta de domicilio, já existia um trâmite na Justiça, a gente vai continuar com isso até finalizar", afirma.
 
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