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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Aflição e desespero

Pacientes são dispensados do Hospital de Câncer por falta de repasse de R$ 6,8 milhões

Foto: Reprodução

Pacientes são dispensados do Hospital de Câncer por falta de repasse de R$ 6,8 milhões
Aflição e desespero têm tomado conta dos corredores do Hospital de Câncer de Mato Grosso, isso porque os pacientes estão voltando para casa por conta da falta de medicamentos. A administração alega falta de repasse da Prefeitura de Cuiabá.  O montante devedor chegaria a R$ 6,8 milhões. Cerca de 2,5 mil tratamentos quimioterápicos são feitos mensalmente na unidade.


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A situação teria começado em novembro do ano passado. Na época, somente parte do dinheiro teria sido repassado para o setor de Serviço de Informação Ambulatorial. O débito parcial seria de R$ 1 milhão. Já em dezembro, o valor de R$ 2,9 milhões também não teriam sido repassados.

Para o Grupo de Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar (MAC), referente a portaria Nº3.339 de 17 de dezembro de 2019, o montante seria de R$ 168 mil. Além disso, há repasses referentes às emendas parlamentares federais, sendo uma de R$ 1,6 milhão e outra de R$ 400 mil.

Somando também a ausência de repasses do Incentivo Municipal, o débito é de R$ 693 mil. Já dos setores de Endoscopia, Colonoscopia e Iodoterapia a quantia é de R$ 276 mil. De acordo com a diretora, Silvia Negri, o Município está recebendo repasses do mês de fevereiro, mas o Hospital de Câncer ainda não recebeu de novembro de 2019.

Vários ofícios teriam sido enviados à Prefeitura de Cuiabá e a administração também estaria negociando prazos com fornecedores. A situação teria sido postergada por vários meses, mas teria ficado insustentável. Apenas em 2019 o Hospital já realizou mais de 82 mil atendimentos, sendo que 39% dos custos são bancados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o restante da demanda é atendido filantropicamente.

O médico do setor de Hematologia, André Crepaldi, disse que o Hospital não irá atender casos novos. Contudo, há casos graves em tratamento, principalmente os de leucemia aguda. "Alguns medicamentos de leucemia aguda ainda tem, mas se isso não for resolvido, vai ter falta em breve. A leucemia aguda é um dos tipos mais graves que necessita de urgência e se não revolver, vamos ter que encaminhar para fora do estado", afirmou ao Olhar Direto.

O médico do setor que tem cerca de 650 pacientes em quimioterapia mensal conta ter percebido a aflição dos pais, responsáveis e até dos pacientes. "Todos estão envolvidos com isso. Os pais, os pacientes não tem visto nenhuma maneira de resolução e estão extremamente aflitos e receosos do futuro", relata.

Sobre a situação, a Secretaria Municipal de Saúde informou que os problemas financeiros em que se encontram a instituição dizem respeito somente à má gestão interna da mesma.
 
Veja a íntegra da nota:

- Repudia veementemente a informação de que possui a dívida de R$ 9 milhões com o hospital filantrópico em questão. Os problemas financeiros em que se encontram a instituição dizem respeito somente à má gestão interna da mesma.
- Por determinação do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, todos os repasses devem passar por um encontro de contas e um plano de aplicação dos recursos deve ser apresentado.
- A prática é adotada para garantir a correta aplicação dos recursos públicos, a lisura e transparência das ações, seguindo diretrizes de um  processo de gestão executado na Capital que tem como objetivo principal beneficiar a população.

 
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