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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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DECRETO MANTIDO

Emanuel cita “prefeito de Milão” e só vai liberar comércio após elaboração de plano estratégico

Foto: Crédito Luiz Alves/Secom-Cuiabá

Emanuel cita “prefeito de Milão” e só vai liberar comércio após elaboração de plano estratégico
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) anunciou na tarde desta sexta-feira (27) que o decreto que impôs restrições ao funcionamento do comércio cuiabano só será revogado após a elaboração de um plano estratégico. Indo contra o que determinou o Governo do Estado no dia anterior, Emanuel citou pronunciamento do prefeito de Milão, Giuseppe Sala, que se disse arrependido por ignorar quarentena, e afirmou que prefere “pecar por exagero do que por omissão”. 


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“A competência legal para estabelecer isso é da Prefeitura de Cuiabá. Meu decreto vai até o dia 05 de abril, até lá nós vamos acompanhar, medir, monitorar e vamos decidir como agir depois disso, se vamos prorrogar, revogar, incluir outras atividades, enfim. O que existiu foi uma invasão de competência e isso com certeza vai ser revisto na Justiça”, disse Emanuel Pinheiro, durante coletiva de imprensa virtual.  

 Nesta quinta-feira (26), Mendes decidiu liberar todas as atividades econômicas no Estado e manter somente o isolamento social da população. O governador criticou também os prefeitos que, na semana passada, determinaram o fechamento do comércio e adotaram toque de recolher em suas cidades. 

Na justificativa do Executivo estadual, Mato Grosso ainda apresenta poucos casos confirmados da Covid-19, portanto, o isolamento total dos municípios não se faz necessário neste momento. O Governo, no entanto, não descarta o endurecimento das regras caso a doença avance.  

Mauro Mendes disse, ainda, que o decreto do Estado sobrepõe o das prefeituras e não descarta punição a gestores que descumprirem as ordens. A Prefeitura de Cuiabá, no entanto, emitiu nota ratificando as medidas restritivas inclusive de fechamento de estabelecimentos comerciais. 

“O prefeito da cidade de Milão, há um mês atrás, aderiu a uma campanha nas mídias sociais. #Milãonaopodeparar. Exatamente um mês depois ele vai a mídia internacional pede desculpas, se penitencia e fala que está trabalhando muito para recuperar o tempo perdido, porque mais de 8 mil vidas já se perderam. Quem paga isso? Qual o preço de uma vida?”, questionou Emanuel, na live desta sexta-feira. 

Milão não para 

Há cerca de um mês, quando a região da Lombardia – onde fica a cidade - tinha 250 pessoas infectadas pelo novo coronavírus, Sala ele postou em seu Instagram um vídeo gravado por uma associação de bares e restaurantes de Milão que pedia que os 3,1 milhões de habitantes da cidade vivessem normalmente. 

A campanha, intitulada “Milão não para”, encorajava os moradores a continuarem com suas atividades econômicas e sociais durante a pandemia. Hoje, a região da Lombardia é a mais afetada da Itália, com 34.889 casos confirmados e 4.861 mortes causadas pela Covid-19. 

Nesta quinta-feira (26), o prefeito de Milão foi à televisão, disse que errou e justificou que, à época, ainda não tinha a real dimensão da gravidade da doença. “Muitos falam daquele vídeo que circulava com o título #Milãonãopara. Era 27 de fevereiro, o vídeo estava explodindo nas redes, e todos o divulgaram, inclusive eu. Certo ou errado? Provavelmente errado. Ninguém ainda havia entendido a virulência do vírus. Trabalho sete dias por semana para fazer minha parte, e aceito as críticas”, assumiu Sala.  

  
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