O secretário de Desenvolvimento Econômico, Cesar Miranda, negou qualquer mal-estar com o ex-presidente do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) Tadeu Mocelin e classificou como “natural” sua exoneração. A tensão entre os dois confirmada pelo próprio Tadeu, que chegou a encaminhar mensagens em aplicativos de conversas citando um “cardume de traíras” nos bastidores do Paiaguás. 

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“Não tem nada disso. Mudanças em cargos públicos são normais. O Tadeu já deu a contribuição dele ao Indea e agora o Governo resolveu fazer uma substituição, que é coisa natural. Eu estive com ele e com o novo presidente, fizemos uma reunião excelente e não existe desentendimento”, minimizou Miranda. 

Na versão de Tadeu, porém, sua saída aconteceu após ele se manifestar contra a lei que criou o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), aprovada neste ano e que segundo ele retirou cerca de R$ 10 milhões do Indea. 

"Eu tive um desentendimento com o secretário, que tem uma visão diferente. Foi criada a lei da criação do IMAC, que eu dei parecer contrário na época, pedi para fazer algumas alterações, pois do jeito que estava ia atrapalhar o Indea. Quando ela foi aprovada na Assembleia falei para o governador que o Indea ia perder algo em torno de R$ 10 milhões de recursos. Nós fazemos todas as atividades que certificam que a carne possa ser importada. E com a perda deste recurso, vi que não tínhamos a condição de fazer as atividades essenciais”, explicou Mocelin, em entrevista ao Olhar Direto. 
 
Mocelin foi exonerado na terça-feira e já foi substituído por Luiz Fernando da Silva Flamínio. Mais cedo, o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal de Mato Grosso (Sintap/MT), que representa os servidores do Indea e Intermat, emitiu nota repudiando o ato de exoneração e declarando que a medida foi tomada por retaliação.