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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Governador lembra greve e diz que Sintep é culpado por professores interinos não receberem

Foto: Rogério Florentino - Olhar Direto

Governador lembra greve e diz que Sintep é culpado por professores interinos não receberem
O governador Mauro Mendes (DEM) criticou o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep-MT) e o culpou por não contratar os professores interinos em 2020. Segundo o gestor, ele estaria cometendo improbidade administrativa caso assinasse contrato de quem fez greve ano passado e os mandasse para casa. 


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A reclamação dos professores chegou até a Assembleia Legislativa e deputados da oposição criticaram o ato do governo e disseram que Mauro Mendes está deixando mais de 6 mil famílias sem salários em período crítico da pandemia do novo coronavírus.

O governador aproveitou a entrevista à Rádio Capital FM, nesta sexta-feira (3), para explicar a situação e dar nome a quem considera culpado, segundo ele, pela não renovação dos contratos.  

"As escolas estão paradas. Ai eu assino o contrato para pagar quem está parado. Isso é certo? De maneira alguma. Sabe por que que está parado esse ano letivo e os profissionais não estão sendo contratados? Por culpa do Sintep, que fez greve ano passado. Porque as escolas que não fizeram greve, os professores contratados iniciaram um período de trabalho no mês de fevereiro. Assinaram contratao em fevereiro e estavam trabalhando. Esses que começaram a trabalhar no mês de fevereiro estão recebendo e vão continuar recebendo", podenrou o governador.

Mauro Mendes ainda disse que qualquer atitude que ele fizesse ao contrário, poderia render um processo contra seu Governo e seria um ato de "rasgar dinheiro público".

"Ora, se tá parado, se não começou as aulas, como vou assinar um contrato para mandar o cara pra casa? Eu estaria rasgando dinheiro público. Eu seria processado pelo Ministério Público por improbidade. E a culpa disso foi da greve do ano passado. Porque as escolas que não entraram em greve, os professores assinaram o contrato em fevereiro e estão recebendo. Aquelas que entraram em greve atrasou tudo. Mas quando reiniciar as aulas, a gente assina o contrato e coloca essas pessoas para trabalhar", completou.
 
Atitude do governador deixou os deputados da oposição muito insatisfeitos. O deputado Lúdio Cabral (PT) chamou a atitude de desapropriada para o momento. Segundo ele, profissional nenhum poderia ficar sem receber num momento como esse de pandemia. 

O deputado Eduardo Botelho (DEM), presidente da Assembleia Legislativa, conversou com o governador e disse em Plenário que estava irritado com tal denúncia dos professores. "Isso me deixa muito irritado e eu não gosto de ficar irritado", comentou o deputado. 

Botelho se reuniu na tarde de quinta-feira (2) com Mauro Mendes e eles trataram sobre o assunto. Na próxima semana, alguma medida deve ser anunciada perante os demais deputados, em busca de solução ao problema. 

Mauro Mendes é irredutível e já deixou claro que não contratará ninguém para ficar em casa. "Só mandamos parar as aulas por conta do momento da pandemia. Mas os profissionais que não fizeram greve estão recebendo. Quem fez greve e atrasou todo ano letivo, vai ser inserido na folha assim que começar as aulas", concluiu.  
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