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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Bancários da Caixa temem contaminação e pedem descentralização do pagamento de auxilio emergencial

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Bancários da Caixa temem contaminação e pedem descentralização do pagamento de auxilio emergencial
Com a necessidade do pagamento do auxílio emergencial de R$ 600,00, as agências da Caixa Econômica Federal vêm enfrentando diversos desafios para conseguir levar o benefício à toda população. A insuficiência de funcionários, somada ao aumento da jornada de trabalho e afastamento de pessoas do grupo de risco das equipes, resultaram em uma grande angústia para os trabalhadores da categoria, que reivindicam a descentralização do pagamento do benefício para outros bancos.


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Em entrevista ao Olhar Direto, o presidente do Sindicatos dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro de Mato Grosso, Clodoaldo Barbosa, relatou que os funcionários da Caixa Econômica já estavam sobrecarregados durante a realização de atendimentos antes da chegada do coronavírus, que agravou a situação. 

Segundo Clodoaldo, mais de 50 milhões de pagamentos do auxílio emergencial já foram realizados, mas muitos brasileiros ainda não conseguiram realizar o cadastro para recebimento e a expectativa é de que o número de recebimentos chegue a 100 milhões.

“Os bancários da Caixa Econômica, além do risco de contaminação, enfrentam essa sobrecarga de trabalho. Têm colegas da Caixa trabalharando no feriado, estão abrindo agências aos sábados e sim realmente é muito preocupante”, conta Clodoaldo.

Um dos maiores problemas enfrentados dentro das agências, segundo ele, é a escassez de funcionários. Conforme conta, bancos de todo o Brasil vêm passando por desmontes, onde funcionários se aposentam, realizam programas de demissão voluntária e não tem suas vagas preenchidas dentro das agências, sobrecarregando os outros funcionários que ali continuaram. 

“O número de funcionários nas agências já era insuficiente antes da pandemia para o atendimento normal. Agora, você imagina nesse momento de crise. Estamos aqui fazendo o possível e o impossível para atender a população”, desabafa.

“Nós temos concursados aprovados em processos seletivos de 2014 e uma ação na justiça cobrando a nomeação dessas pessoas, porque infelizmente desde 2016, não só a Caixa mas também outros bancos públicos vêm passando por um processo de desmonte. Foram vários PDVs (Programas de Demissão Voluntária), além de outros colegas que se aposentaram”, relata o presidente do Sindicato.

Uma possível solução para essa sobrecarga é a descentralização do pagamento do auxílio para outros bancos, demanda que está sendo cobrada do Governo Federal mas que ainda não foi ouvida.

“A gente vai continuar aqui cobrando do Governo Federal que faça o desmembramento, ou seja, passar esses pagamentos para outros bancos e não deixar somente na Caixa Econômica. Descentralizar esses pagamentos já ajudaria para que haja um pouco de alívio não apenas para os bancários, mas também para a população que sofrem com as filas quilométricas em frente às agências.”

Outro lado

A reportagem entrou em contato com a Caixa Econômica, mas não teve retorno até a publicação desta matéria.
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