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Com exercícios ao ar livre, professores e empresários pedem abertura de academias em Cuiabá

20 Mai 2020 - 17:04

Da Redação - Fabiana Mendes / Da reportagem local - Rogério Florentino

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Com exercícios ao ar livre, professores e empresários pedem abertura de academias em Cuiabá
Professores de educação física e empresários realizaram um protesto na Praça Alencastro, na tarde desta quarta-feira (20), para pedir a abertura das academias em Cuiabá. Os participantes fizeram exercícios ao ar livre e pontuaram a importância da atividade para manutenção da saúde do corpo e da mente.


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A Prefeitura de Cuiabá alega que mantém  diálogo com a categoria e que o decreto 7886/2020 prevê que a retomada das atividades, seguindo plano gradual e seguro, deverá ocorrer ainda em maio, mas sem data estipulada.

Professor de educação física, Rafael Carlos, 36 anos, disse que entende a pandemia do coronavírus, mas defende a atividade física para melhorar a qualidade de vida. “Eu, por exemplo, estou usando medicação para ansiedade, que aumentou demais, porque estou ficando dentro de casa sem receita, faturamento, e as dívidas estão aumentando. Hoje eu tenho um médico que me acompanha desde a carreira profissional no esporte e tomo dois tipos de medicamento por causa da ansiedade que está muito alta”, revelou em entrevista ao Olhar Direto.

“A gente tem uma rotina de trabalho muito intensa, começa desde às 6h e vai até 22h trabalhando, cuidando da saúde dos seres humanos e da nossa. Com esse entendimento, a gente começa a ficar sem saber o que fazer. A gente vai para os estudos online para aperfeiçoar e ocupar a cabeça de alguma forma, mas o impacto é muito grande”, acrescentou o especialista em fisiologia do exercício e nutrição esportiva.




Dono de duas academias, sendo uma em Cuiabá e outra em Várzea Grande, o treinador Gil Melo explica que a manifestação é realizada por um grupo de professores de educação física juntamente com o Conselho Regional de Educação Física de Mato Grosso (CREF17/MT).

“Nosso principal objetivo é [mostrar] a importância da atividade física nessa pandemia de Covid-19, principalmente para aquelas pessoas que não faziam atividades. Quem era destreinado, hoje está doente, com nível de depressão e obesidade porque fica em casa e acaba ingerindo mais alimento. Além de tudo, o desemprego”, afirma.



Para mitigar a proliferação do coronavírus, Gil cita as normas para funcionamento da Associação Brasileira de Academias (Acad), como distanciamento, uso de máscara e álcool em gel. “Viemos falar que estamos preparados para combater essas outras doenças que vão causar blecaute na saúde”.

O empresário defende que os exercícios ajudam no combate as doenças que colocam as pessoas no grupo de risco da Covid-19. “Somos a favor do isolamento social, porque é perigoso, a Covid-19 não é brincadeira. Quem tem condição de ficar dentro de casa e pode financeiramente, eu sou a favor. Se você acha que academia não deveria abrir, não vá. É simples. Deixem as pessoas que querem se cuidar”. 



O CREF17/MT repassou ao Município as medidas de biossegurança para possível retomada das atividades. “Esse movimento veio para falar que a atividade física não é para embelezamento, é uma condição primordial para promoção da saúde. O Conselho já se propôs a estar fiscalizando e acompanhando todos os procedimentos na abertura das academias”, disse o coordenador de Fiscalização Júlio César Garcia.

Atualmente, cerca de cinco mil professores e 700 academias são registradas no CREF17/MT. “A maioria não está trabalhando porque 60% está na Capital”, diz. Conforme Júlio César, o Conselho propôs também ao Governo Municipal e Estadual a possibilidades de iniciar a retomada de atividades ao ar livre e de personal trainners que não realizam atividades em área fechada.



Empresária do ramo de consultoria esportiva, Karine Silva, 38 anos, entende o risco do vírus, mas afirma que as normas da Organização Mundial da Saúde (OMS) serão seguidas.

“O risco é real em qualquer segmento, a gente não pode simplesmente fechar os olhos e dizer que não existe. O Covid-19 existe, mas existe também o cuidado. Quem já foi em academia sabe que a higienização dos aparelhos existia antes da Covid-19. Existe locais abertos que possuem muito mais riscos. Semana passada eu fui em um mercado atacadista e tinha mais de 300 pessoas lá dentro, sem uso de máscara e não tem controle de número de pessoas. Os ônibus estão lotados com várias pessoas sem esse cuidado”, relata.

Confira abaixo a íntegra do posicionamento da Prefeitura de Cuiabá: 

A Prefeitura de Cuiabá vem mantendo o diálogo com a categoria. O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, reitera que o decreto 7886/2020 prevê que a retomada das atividades, seguindo plano gradual e seguro, deverá ocorrer ainda em maio, mas não especifica datas. Mais uma vez, o executivo se pautará pelo dados quanto a evolução do novo Coronavirus na capital para adoção de medidas.
 
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