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Mendes diz que Cuiabá irá desabilitar 40 leitos de Covid-19: 'Emanuel não pode ser levado a sério'

28 Mai 2020 - 17:16

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo / Do Local - Max Aguiar

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Mendes diz que Cuiabá irá desabilitar 40 leitos de Covid-19: 'Emanuel não pode ser levado a sério'
A crise política entre o governador Mauro Mendes (DEM) e o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) segue durante a crise da pandemia e ganhou outro capitulo durante lançamento de um programa habitacional realizado no Palácio Paiaguas, na tarde desta terça-feira (28). O chefe do Executivo estadual afirmou que o emedebista não pode ser levado a sério e disse que a Prefeitura de Cuiabá irá desabilitar 40 leitos destinados à Covid-19 nos próximos dias.

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De acordo com Mauro Mendes, um documento (leia aqui) notificando o fechamento dos 40 leitos foi encaminhado ao Ministério da Saúde e ao Governo do Estado, fato, que segundo o governador, irá contribuir com a morte de mais pessoas.

“Não dá para levar a sério um prefeito que escreve uma coisa e fala outra. Eles escreveram um documento, enviaram para o ministério, para o Governo do Estado de Mato Grosso fazendo um compromisso que iria habilitar todos os leitos do novo pronto-socorro para o Covid. Ia colocar todos os leitos do São Benedito para Covid e todos os leitos do antigo pronto-socorro para o Covid. Recebeu o dinheiro para isso e agora desabilita”, disse.

“O prefeito fala conversas fiadas, mas tem que falar daquilo que importa, que são os números. Que mostre os números e vamos fazer um debate com números, não de conversa fiada. Com o perdão da palavra, mas é muito ruim, neste momento em que pessoas estão morrendo, ele vai lá e desabilita 40 leitos”, afirmou.

O governador ainda anunciou que por causa da medida da prefeitura, irá abrir mais 30 leitos no Hospital Metropolitano de Várzea Grande, como uma forma de compensação a perca dos leitos desabilitados pela prefeitura.

A prefeitura chegou a receber o valor de R$ 5,760 milhões para manter os 40 leitos abertos por 90 dias.

Bate e rebate

Mais cedo, o prefeito Emanuel Pinheiro rebateu mais críticas de Mauro e o processo movido pelo governo do Estado. O prefeito chegou a afirmar que, ao invés de ajudar, eles “só atrapalham” e que “se destinassem equipamentos e ajuda com o mesmo fervor dos ataques gratuitos, inexplicáveis e injustos, estaríamos ainda melhores”.

“Judicializaram, alegando que a Prefeitura não permitiu que eles fiscalizassem os leitos exclusivos para Covid-19. Entreguei um plano de mitigação para eles. É muita leviandade! Devem R$ 60 milhões à Saúde de Cuiabá e não pagam. Só Deus, eu e minha equipe sabemos a dificuldade que é”, declarou o prefeito.
 
Emanuel ainda afirmou que o número baixo de óbitos na capital deve-se ao trabalho do executivo municipal, e que o governo pensa em eleição. “Cuiabá foi a única que fez este plano de prevenção, assistência e tratamento. Quando o cidadão passa mal ou acontece um acidente, ele vai para o hospital do município. É a unidade básica de saúde, policlínica, UPA, São Benedito, entre outros. Sei que o governo quer criar problemas que não existem para criar um cenário eleitoral inexistente para seus candidatos. Não estou pensando nisto, nem sei se serei candidato, quero cuidar da vida das pessoas”.
 
Ação do Estado

A ação do governo, com pedido de liminar e multa diária de R$ 50 mil por descumprimento, foi protocolizada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), alegando que a Prefeitura impediu, sem qualquer motivo plausível, a equipe de supervisão hospitalar de auditar as unidades, especificamente no Hospital Municipal de Cuiabá, no Hospital São Benedito e no Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá.
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