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Breque dos Apps

Entregadores de aplicativo de Cuiabá e VG aderem à greve nacional por melhores condições de trabalho

01 Jul 2020 - 18:43

Da Redação - Érika Oliveira/ Da Reportagem local - Rogério Florentino

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Entregadores de aplicativo de Cuiabá e VG aderem à greve nacional por melhores condições de trabalho
O movimento nacional que ficou conhecido como "Breque dos Apps" reuniu entregadores de aplicativos de delivery em Várzea Grande na tarde desta quarta-feira (01). Como não houve consenso sobre a paralisação, grande parte dos entregadores segue trabalhando. 

 
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A categoria protesta por melhores condições de trabalho para profissionais que atuam para plataformas como iFood, Rappi, Uber Eats e Loggi. A principal queixa é sobre a precariedade do trabalho, que envolve uma carga horária exaustiva e baixo retorno financeiro. 

“Pra mim o principal motivo é a espera. Tem estabelecimento que a gente fica mais de 1h esperando o pedido. Quando isso acontece, por exemplo, no horário de almoço é 1h de serviço perdido. A gente quer que o aplicativo implante um sistema para chamar o motoqueiro somente quando o pedido estiver pronto. Além disso, o suporte deles é muito ruim, não tem uma sede fixa para falar com ninguém, não tem sequer um telefone para falar com eles”, reclamou Cleiton de Oliveira, que atua no ramo há 4 meses e participou hoje da paralisação.
 
Segundo contou o entregador, o custo médio inicial para trabalhar em uma dessas plataformas é de R$ 300,00 e até a bolsa térmica utilizada para o transporte das encomendas é paga pelo trabalhador. Cleiton afirma que para conseguir um retorno financeiro satisfatório é necessário trabalhar ao menos 13 horas por dia, o que em uma “semana boa de serviço” gera uma renda de cerca de R$ 700,00.
 
“Quando eu comecei a trabalhar eu tinha um celular melhor, mas tive que vender e comprar um inferior para sobrar dinheiro pra comprar a bag de transporte, o suporte pro celular e para abastecer o veículo até fazer a semana. A gente faz a propaganda pra eles, mas quem paga somos nós”, acrescentou o profissional.



Com atos em diversas cidades do Brasil, o movimento causou atrasos em pedidos e diminuiu a quantidade de profissionais nesta quarta-feira. O “Breque dos Apps” reuniu entregadores em grandes manifestações físicas em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Salvador e Recife. Novas paralisações estão previstas para as próximas semanas.
 
As exigências
 
Os entregadores fazem uma série de exigências aos aplicativos que, segundo eles, não oferecem diálogo. Entre as exigências, estão:
 
Reajuste de preços: os entregadores recebem entre R$ 4,50 e R$ 7,50, valor que varia por aplicativo e distância percorrida --mais R$ 0,50 a R$ 1 por quilômetro rodado.
 
Reajuste anual: pedem que haja um reajuste anual programado para o serviço.
 
Tabela de preços: citado por alguns entregadores, seria uma tabela não ditada pelo governo ou reguladores, mas construída entre entregadores e aplicativos.
 
Fim de bloqueios indevidos: reclamação constante dos entregadores, que questionam as políticas das empresas que acabam punindo entregadores com bloqueios.
 
Entrega de EPIs: pedem equipamentos de proteção para trabalhar com mais segurança durante a pandemia.
 
Apoio contra acidentes: se o entregador sofrer acidentes enquanto usa a plataforma, a ideia é ter algum tipo de auxílio.
 
Programa de pontos: alguns entregadores questionam sistemas que fazem ranking de entregadores.
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