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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Prefeito classifica como ‘lamentável’ participação de secretário em enterro de pastor com mais de cinco mil pessoas

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Prefeito classifica como ‘lamentável’ participação de secretário em enterro de pastor com mais de cinco mil pessoas
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) classificou a participação do secretário Leovaldo Salles, titular da pasta de Ordem Pública de Cuiabá, no sepultamento do pastor Sebastião Rodrigues de Souza, líder da Assembleia de Deus, no início do mês, como um “episódio lamentável”. O gestor da Pasta que tem como atribuição em tempo de pandemia evitar aglomerações, chegou a dizer que o caso era uma excepcionalidade e pontuou que seria, inclusive, o responsável por organizar a cerimônia.


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“Episódio lamentável. Naquele momento, [o secretário] foi designado para garantir a ordem pública. Pela relevância da igreja e do pastor, me preocupei com o tumulto que poderia haver. No momento, acabou acontecendo um desvio da finalidade. Já me reuniu com o coronel e toda equipe, conversei com ele”, pontuou Emanuel.
 
O prefeito ainda acrescentou que toda a ação da prefeitura foi para que não houvesse aglomeração. “Minha preocupação foi esta. Cabe a ele [secretário] manter a ordem pública. Diante de toda dificuldade, tentamos dar a maior segurança possível. Já tivemos a conversa”.
 
Explicação do secretário
 
O secretário Leovaldo Salles tratou o sepultamento do pastor Sebastião Rodrigues de Souza, líder da Assembleia de Deus, como um ato excepcional. Por isso, segundo ele, houve uma compreensão maior das autoridades para a liberação das pessoas em participar. Estima-se que cerca de 5 mil pessoas compareceram à despedida do líder religioso.
 
"Estive na despedida do pastor Sebastião Rodrigues de Souza, participei do que era possível fazer numa situação excepcional. Estamos em um momento de recordar princípios. Toda regra tem sua excepcionalidade, sua exceção”, disse o secretário.
 
“A regra hoje é cumprir os protocolos definidos nas medidas de restrição. Existe ordem judicial, montanha de decreto, e isso é de conhecimento geral. Mas estamos falando de excepcionalidade. E isso é algo que quebra a regra momentaneamente. Isso é garantido até em uma ação judicial. No Código Penal está escrito que não há crime quando existe a excepcionalidade. Não é todo dia em Cuiabá que morre uma personalidade que todos nós deveríamos conhecer. E considerar que em sua despedida seria inevitável a presença de pessoas", disse o coronel.
 
Enterro de pastor
 
O cortejo do pastor começou por volta das 16h, com saída do Hospital Femina, onde ele estava internado. Depois, passou pelo Grande Templo, na avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA) e seguiu ao Cemitério Parque Bom Jesus, onde houve uma cerimônia fúnebre até às 18h, com grande quantidade de pessoas.
 
O enterro foi transmitido ao vivo na página do Facebook do pastor para milhares de pessoas. Além de um longo discurso, houve a leitura da nota de pesar do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), que se trata da primeira manifestação para uma pessoa vítima do coronavírus no Brasil.
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