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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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1ª fase

Perito aponta falhas em votação para reitor da UFMT e chapa derrotada pede impugnação

Foto: Reprodução

Perito aponta falhas em votação para reitor da UFMT e chapa derrotada pede impugnação
O perito em informática Thyago Jorge Machado apontou falhas que podem ter comprometido os resultados da consulta à comunidade universitária da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realizada na sexta-feira (24). A medida é uma das fases para a definição do novo reitor ou reitora da Universidade. A chapa perdedora e alinhada a um pensamento de direita, "Juntos somos mais UFMT", formada por Danielli Backes e Sandra Negri, apresentou um pedido de impugnação.


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Com 66,9% dos votos, professor Evandro é reeleito como reitor da UFMT

Segundo o perito, o software utiliza no sistema de votação eletrônica da UFMT é o "Helios Voting", um sistema de código livre ("open source"), cujas fontes estão publicadas na internet. A grande força em utilizar sistemas "open source" é a transparência, pois qualquer pessoa pode auditar o programa em busca de falhas e propor melhorias.

Mas para que não haja qualquer dúvida sobre os resultados de um pleito que utilize este sistema, o perito diz que é necessário que sejam adotados protocolos rígidos de segurança e auditoria, desde a instalação do sistema, acompanhamento da votação e apuração dos resultados.

Para ele, é necessário garantir que o código em execução no momento da votação seja o mesmo que foi publicado na internet, caso contrário o sistema não é mais caracterizado como "open source" e as vantagens desse tipo de sistema desaparecem.

Caso não haja essa auditoria, o sistema pode ter alterações que vão modificar a funcionalidade do aplicativo e por toda confiabilidade do pleito em cheque. O perito pontua que, "o código fonte do sistema usado na votação não foi divulgado pela UFMT, mas ao se analisar o site onde se acompanha os votos percebe-se que há alterações em relação ao original".

Além disso, é necessário que o banco de dados onde estão armazenadas as senhas dos usuários estejam num ambiente totalmente controlado e auditado para evitar que, por exemplo, um administrador do sistema altere a senha, faça voto e volte a senha ao que era. Ou seja, todo o ambiente onde o programa está inserido tem que ser monitorado para dar a confiabilidade necessária.

Foi solicitado pelas chapas o acompanhamento, através da requisição para que técnicos especialistas acompanhassem o processo de instalação, assim como toda a votação, que não foi autorizado pela reitoria, Colégio Eleitoral Especial e PGF. A Comissão da Consulta Pública autorizou o acompanhamento dos técnicos somente no momento da apuração.

Nesse momento da apuração, ele diz que foram detectadas falhas. Durante a auditoria de um dos votos, havia a mensagem "Código de identificação da eleição na cédula não confere". Além desta, há outras questões técnicas que foram apontadas pelo perito. No momento, foi alegado pelos técnicos do STI como uma "falha de tradução", sendo que no lugar de "não confere" o correto seria "confere". O código fonte não foi disponibilizado para auditoria e perícia.

Outro ponto levantado por Machado, é que a transmissão ("live") do ato de apuração não está mais listada no canal do YouTube mantido pela UFMT.

Pedido de Impugnação

A chapa "Juntos somos mais UFMT", formada por Danielli Backes e Sandra Negri, apresentou na última sexta-feira (24), um pedido de impugnação da consulta à comunidade universitária da UFMT.

Com 66,98% dos votos válidos, o professor Evandro Aparecido Soares Silva, que estava cerca de cinco meses no comando da UFMT, foi reeleito no último sábado (26). A consulta prévia à comunidade da UFMT é apenas parte do processo para a escolha dos novos gestores para reitoria. No próximo dia 11 de agosto, o Colégio Eleitoral Especial irá eleger uma lista tríplice, que será encaminhada ao Ministério da Educação (MEC), para a escolha e nomeação dos novos dirigentes para reitoria.

A votação para lista tríplice pelo Colégio Eleitoral também ocorrerá online, através do mesmo sistema utilizado na Consulta Pública.
 
Suspensão no Paraná

A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) suspendeu a eleição para reitor por falhas no mesmo sistema utilizado pela UFMT.

O Colégio Eleitoral da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), responsável por conduzir o processo de consulta à comunidade para eleição do reitor da UTFPR, anunciou em 2 de julho, a suspensão do processo de apuração dos votos sem o anúncio do resultado final.

Segundo a nota do colégio, "o conhecimento do resultado final da votação só será possível se for refeito o sistema de votação em 19 (dezenove) urnas". O colegiado havia informado que a não apuração dos votos das urnas ocorreu em virtude de um problema identificado nas chaves de criptografia geradas pelo sistema Helios Voting.

Posteriormente foi encontrada a solução para o problema e foram contabilizadas as urnas faltantes. O processo foi acompanhado por auditores da Polícia Federal, Tribunal Regional Eleitoral e técnicos das duas chapas concorrentes.
 
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