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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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ELEIÇÕES À VISTA

Selma vê apoio como indispensável, mas diz que Bolsonaro considera MT 'pequeno'

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Selma vê apoio como indispensável, mas diz que Bolsonaro considera MT 'pequeno'
Eleita na esteira do bolsonarismo em 2018, a ex-senadora Selma Arruda causou polêmica na última semana ao dar declarações sobre a postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) diante das eleições que irão definir seu substituto no Senado Federal. Em entrevista ao Olhar Direto, a juíza aposentada se retratou, garantiu que suas críticas foram “construtivas”, mas reforçou que em sua avaliação o presidente não dá a Mato Grosso a devida atenção.

 
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“Eu, pessoalmente, não tenho absolutamente nada contra o presidente. É que às vezes eu uso algumas expressões e algumas pessoas levam ao pé da letra. O que eu quis dizer com aquela declaração é que o presidente efetivamente não tem um olhar preocupado pro nosso Estado, o que a gente lamenta. A impressão que me dá, ja falei isso para ele, inclusive, é que ele contabiliza Mato Grosso como um colégio eleitoral muito pequeno, um número de eleitores equivalente a um bairro de São Paulo. Talvez, por conta disso, ele não dê a atenção devida. Já me queixei sobre isso pessoalmente com ele”, afirmou.
 
Selma perdeu seu mandato no Senado Federal - conquistado com votação expressiva em 2019 - após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condená-la por caixa 2 e abuso de poder econômico. Ela nega os crimes, mas não conseguiu reverter a decisão. Eleita sob o mote do combate à corrupção, a juíza aposentada que largou a toga para dedicar-se à política sustenta que sofreu perseguição.
 
Há um ano, quando deixou o PSL para filiar-se ao Podemos - em meio à conflito com o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente - Selma fez um duro discurso contra as oligarquias, a velha política e os clãs que segundo ela tentam mandar no país. E ainda que não tenha personificado sua declarações, prometeu empenho para retirar pelo menos mais dois senadores do partido do presidente da República. Pouco depois, Bolsonaro também deixou a sigla.  
 
Mesmo sem mandato, a juíza aposentada assumiu a presidência do Podemos em Cuiabá e, no último sábado (01), classificou a postura de Bolsonaro diante do pleito suplementar em Mato Grosso como “uma piada, pra variar”.
 
“Na verdade, acho que Bolsonaro nem sequer sabe para que lado do mapa fica Mato Grosso", disse, em entrevista ao site O Antagonista. O presidente, até o momento, mantém apoio à candidatura da coronel Fernanda (Patriotas).
 
“Ele não veio para cá durante a campanha, depois de eleito também poucas vezes. Então, não vejo que ele entenda Mato Grosso como Mato Grosso deve ser entendido. Mas não existe crise, foi uma crítica construtiva. Já disseram até por aí que virei de esquerda, você sabe como são os ‘minions’. Mas o apoio do presidente é indispensável. E nós sabemos que Mato Grosso é um estado que aplaude muito o Jair Bolsonaro, não é um estado que o critica, não tem tradição de esquerda, então óbvio que o apoio dele vai fazer diferença. E acho que até mais adiante, inclusive essa minha queixa com relação a ele, todas essas coisas com relação a ele, podem estar relacionadas à pandemia, que parou tudo e a gente não tem um norte para nada, não se consegue ‘startar’ nada agora. Mas, no momento da campanha, principalmente a do Senado, isso será de muita relevância”, pontuou a ex-senadora.
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