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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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​SITUAÇÃO PRECÁRIA

Por falta de recursos, policiais civis fazem cota para manter delegacias em MT

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Por falta de recursos, policiais civis fazem cota para manter delegacias em MT
De acordo com o Sindicato dos Investigadores de Polícia (Sinpol), para garantir as condições de trabalho nas delegacias, policiais civis de Mato Grosso estão retirando recursos do próprio bolso para comprar itens básicos de materiais de expediente, e até para consertos básicos de veículos. Segundo o sindicato a situação é comum em diversas cidades do Estado. Em Cuiabá, na Central de Flagrantes, os policiais se uniram, através de um grupo, para arrecadar fundos para aquisição de itens e melhorias.


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Através da cota os policiais pretendem resolver a questão da troca de lâmpadas, já que à noite o ambiente fica muito escuro e dificulta a troca de plantões, bem como a troca por uma internet mais rápida e sem falhas de sinal, e também melhorias nos banheiros, que estão sem chuveiros.

Muitos policiais concordaram com a iniciativa e decidiram ajudar, alegando que o Governo não fornece meios adequados e suficientes para que eles possam desenvolver suas atividades.

Ainda segundo eles, alguns computadores não fucionam e permanecem guardados por falta de manutenção. Os próprios servidores estão tentando arrumar as máquinas e susbstituí-las.

Em Campo Novo do Parecis a situação é semelhante. Os servidores precisam juntar dinheiro para comprar água, café, açúcar, material de limpeza, gás e até para o conserto do ar condicionado.

"Houve época que compramos toner para impressora. E no mês passado, por exemplo, eu doei para nossa viatura uma bateria de 70 amperes, jogo de freios dianteiro com faixas e pinos, tudo isso para fazer a viatura rodar. Foram mais de 700 reais. Tenho as notas fiscais aqui na minha sala na delegacia como prova, se alguém duvidar do feito", disse um dos policiais, que preferiu não ser identificado.

Outra situação que o Sinpol tenta resolver há anos é a alimentação dos policiais. "Temos que ficar pedindo para Prefeitura e empresários na cidade apoio para manter a delegacia e ainda dar jeito para arrumar alimentação de preso", disse outro servidor, de Guarantã do Norte.

O presidente do Sindicato, Gláucio Castañon, conta que muitas vezes, quando os policiais conseguem se alimentar, a comida já está estragada pelo horário que é entregue. Ele contou que a alimentação, além da péssima qualidade, é entregue por volta das 10h, no almoço, e 17h na janta.

A refeição fornecida acada sendo descartada no lixo, ou servindo de alimento para animais das redondezas das delegacias. Segundo o Sinpol há muitos relatos no grupo sobre os policiais terem que pedir comida à parte, além de não ser fornecida alimentação para os plantonistas do interior.

"O Sinpol já vem há anos cobrando da Secretaria de Segurança Pública e da Polícia Civil que reverta esse dinheiro que eles pagam na marmita em um cartão alimentação, onde o policial, com aquele mesmo valor, sem aumentar, poderia usar o cartão e adquirir a alimentação no momento em que ele fosse comer. Até mesmo as restrições alimentares que alguns possam ter, o policial escolheria a comida que melhor se adequasse dentro daquele valor. No entanto, até hoje não tivemos nenhuma resposta nesse sentido", afirma.

Ressaltou também que ano após ano a Polícia Civil informa que não tem dotação orçamentária, mas que se não tem é culpa do próprio Estado, pois eles que por lei tem a obrigação de fazer previsão orçamentária.
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