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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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DENTRO DO ALPHAVILLE

Família não participa de toda reconstituição do caso Isabele; tiro não foi ouvido por equipe técnica

Foto: Reprodução - PJC

Família não participa de toda reconstituição do caso Isabele; tiro não foi ouvido por equipe técnica
A reconstituição simulada do caso Isabele, dentro de uma casa no condomínio Alphaville I, em Cuiabá, não foi 100% acompanhada pela família Cestari. O fato que chama atenção é a não presença de Marcelo ou outras pessoas da família no local onde foi reconstituída a morte da adolescente de 14 anos, no dia 12 de julho deste ano. 


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De acordo com informações obtidas com exclusividade pela reportagem do Olhar Direto, Marcelo ficou na parte de baixo da casa, enquanto os policiais refaziam o momento exato do tiro acidental, dentro do banheiro que fica em um dos quartos da residência. 

O que se sabe é que três tiros foram disparados contra um saco de estopa que estava em cima de duas caixas de madeiras. A montagem simbolizava a presença de Isabele. O saco estava envolto de alguns panos que completavam a altura e o peso que Isabele tinha antes de morrer. 

Enquanto os policiais e as duas atrizes, acompanhados do delegado Wagner Bassi e outros policiais e peritos, ficavam do lado de dentro do banheiro, Marcelo Cestari e família aguardava a reconstituição em outro cômodo da casa. 

Promotor pego de surpresa

Outro fator da reconstituição simulada, que ocorreu na terça-feira (18), em mais de sete horas total de trabalho dentro da casa, é que um dos tiros não foi ouvido por um promotor de Justiça que deve atuar no caso e estava sentado exatamente no local onde Marcelo Cestari estava antes de subir para tentar socorrer Isabele no dia da tragédia. 

Segundo outra fonte que estava na casa no dia dos trabalhos, o promotor estava sentado na cozinha, com o vidro que separa a sala dos fundos da casa fechado, televisão ligada e algumas pessoas conversando. Era essa a situação em que Marcelo se encontrava. O empresário ainda comia uma sobremesa feita pela filha e por isso, em depoimento ele conta que ouviu um barulho "choco" que se parecia com uma batida de porta. 

"O promotor não ouviu o primeiro tiro. E isso foi feito na parte simulada. O Marcelo também não percebeu tiro. Ele conta que ouviu um barulho choco. Por isso ele não sabia que se trata de um tiro quando foi tentar socorrer a menina. Ele achava que seria um acidente em que Isabele tinha caído e batido a cabeça. O promotor só ouviu o segundo e o terceiro tiro da simulação porque ficou esperando e também não foi um barulho tão parecido com um estalo de arma. Mas sim um barulho choco, conforme foi dito pelo próprio promotor na casa no dia da reconstituição", contou a fonte que preferiu não se identificar. 

Na continuação dos trabalhos, a única lamentação de Marcelo e família Cestari é não ter acompanhado o momento dos disparos dentro do banheiro. Pois não refizeram conforme a sua filha contou nos autos do processo, mas sim conforme o laudo do perito que esteve na casa. 

Essa maneira contada na perícia é totalmente discordada pela família. Eles sustentam a parte de acidente, em que uma das armas caiu e na hora de fechar houve o disparo acidental. A família nem a atiradora nega que poderia estar com a mão no gatilho. Pois, a arma estava municiada e o gatilho de armas que são feitas para tiro esportivos são preparadas e aliviadas (ou seja, mais sensíveis ao toque) e isso pode ter causado o acidente que terminou em morte. 

O perito não levou em conta a possibilidade de Isabele estar no banheiro fazendo uso de cigarro eletrônico, o que era advertido por Marcelo, e que no momento do tiro ela estar fumando e de cabeça baixa. Por isso havia menos chamuscação de pólvora nas pálpebras e boca da vítima. Apenas a região da maçã dos rostos, nariz e parte superior da boca havia marcas da pólvora. 

O exame da perícia simulada deve ser elucidada em pelo menos 15 dias. Após essa parte, que é considerada a final do inquérito, o delegado Wagner Bassi deve concluir o inquerito e encaminhar o processo para o Ministério Público. 

Por enquanto, a família Cestari sustenta que o que aconteceu na casa, dentro do Alphaville, no dia 12 de julho, foi um verdadeiro acidente fatal.
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