Uma jaguatirica macho teve que ser sacrificada por conta dos diversos ferimentos que sofreu no Pantanal mato-grossense. Ela chegou a ser resgatada no último sábado (5), na beira do rio Pixaim e atendida por veterinários. No entanto, estava com as quatro patas queimadas.

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Segundo reportagem da UOL, além das patas queimadas, o animal estava sem os coxins (almofadas das patas), as unhas e com pontos necrosados nas pernas e apresentava baixo peso.

Depois do resgate, o animal foi levado ao Posto de Atendimento Emergencial a Animais Silvestres e recebeu tratamento ao longo do dia. Mas como tinha graves ferimentos e diante do sofrimento do animal, optou-se pela eutanásia.

As queimadas que atingem o Pantanal Mato-grossense não param de avançar. Neste feriado da Independência do Brasil, as chamas atingiram o Parque Estadual Encontro das Águas, região de Porto Jofre, local habitado pela maior quantidade de onças pintadas do mundo.

As perícias realizadas pelo Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman-MT) emitiram um laudo apontando que os incêndios registrados na região do Pantanal foram provocados por ação humana. Os laudos foram encaminhados para a Delegacia de Meio Ambiente (Dema) para que seja aberto inquérito e responsabilização dos infratores.

A penalidade varia de R$ 1 mil a R$ 7,5 mil por hectare, conforme decreto federal 6514/2008. No caso de incêndios na área urbana, a multa é aplicada pela prefeitura municipal. Dessa forma, a penalidade para quem pratica queimadas ilegais em Mato Grosso pode chegar a R$ 50 milhões de reais em multa ambiental e a detenção um a quatro anos, em caso de dolo, e de no mínimo seis meses em caso de incêndio culposo, sem a intenção de provocar o fogo.