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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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NÃO CONSEGUIA ANDAR

Médica picada por jararaca desceu de tirolesa para agilizar resgate: ‘a dor era insuportável’

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Médica picada por jararaca desceu de tirolesa para agilizar resgate: ‘a dor era insuportável’
A médica Dieyenne Saugo, picada por uma jararaca na cachoeira Serra Azul em Nobres (a 121 km de Cuiabá) no final de agosto contou detalhes do episódio em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo. Para agilizar no resgate e como não conseguia mais andar, ela desceu do ponto turístico de tirolesa.


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Conforme a reportagem, a médica Dieynne iria apresentar ao novo namorado e a um casal de amigos o lugar que ela considera um dos mais bonitos do Brasil. Para chegar a cachoeira é preciso encarar uma trilha de 800 metros, além de uma escadaria com 470 degraus.

No meio do caminho, o grupo de amigos recebeu um aviso que, até então, não parecia perigoso: turistas que vinham da cachoeira avisaram ter visto uma cobra no local.

A médica estava perto da queda d’agua quando tudo aconteceu. "Eu já vi a cobra. Uma cobra muito grande no pescoço dela. Tudo muito rápido", conta o amigo Iury Roman, que presenciou o ataque.

Depois disso, Dieynne e os amigos buscaram por socorro. “Quando vimos que era uma cobra, já pensamos em procurar socorro”, detalha o namorado da médica, Everton Prieto.

“O pessoal colocou ela na tirolesa para descer mais rápido, porque pelas escadas não tinha como descer com ela. Ela não conseguia andar mais”, lembra o namorado. 

Dieyenne passou oito dias internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela teve 70% das vias áreas comprometidas e precisou de uma traqueostomia. Por isso, se encontra quase sem voz.

“Eu vi ela entrando dentro do colete. Na tentativa de me proteger, quando eu tirei, eu saí nadando, gritando”, disse a médica, que não soube dizer de onde a cobra veio.

“Eu só senti ela caindo próximo do meu pescoço. Tomei a primeira picada nesta região”, conta Dieyenne mostrando o ferimento no queixo. “Logo em seguida, eu fui com essa mão esquerda para tirar. Foi quando tomei duas picadas”.

A reportagem também aborda a falta de soro antiofídico em Mato Grosso. Apenas o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) pode aplicar o antídoto.

“Quando eu fiquei sabendo que não tinha o soro na região, ai o desespero foi maior ainda”, lembra.

Sobre o percurso até a unidade de saúde, a médica conta detalhes. “Foi desesperador porque a dor era insuportável. O membro começou a inchar. Eu comecei a vomitar sem parar e comecei a ter hemorragia”.

“Então a culpa é do ser humano que é inconsequente e faz queimadas. Eu sou apaixonada pela natureza. Tenho uma conexão muito forte com a natureza. Eu amo cachoeira. Não vou deixar de frequentar”, afirmou.

Confira a reportagem completa AQUI
 

O caso

Após o acidente no dia 30 de agosto, os amigos socorreram a médica, mas no caminho para uma unidade de saúde de Cuiabá, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) se deparou com eles e finalizou o resgate.

Dieyenne foi transferida para São Paulo na quinta-feira (3). Nos stories do Instagram, a irmã da médica contou que o diagnóstico positivo de Covid-19 não está comprometendo o tratamento.

A transferência de Dieyne para o hospital foi realizada com um taxi aéreo. Por conta dos custos, a família está promovendo uma vaquinha virtual para arrecadar R$ 300 mil. Segundo informações da irmã da médica, os leitos em Cuiabá onde haviam profissionais especialistas estão lotados.
 
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