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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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LEVANTAMENTO

Cigarros ilegais correspondem a 58% do mercado em MT e movimentaram R$ 201 mi

Foto: Ilustrativa

Cigarros ilegais correspondem a 58% do mercado em MT e movimentaram R$ 201 mi
Levantamento realizado pelo Ibope aponta que o mercado ilegal responde por 58% de todos os cigarros que circulam em Mato Grosso e apenas em 2019, movimentou cerca de R$ 201 milhões no Estado.


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O levantamento também mostrou que 93% das vendas dos cigarros do crime acontece no varejo formal, como bares, mercearias e padarias. Das 10 marcas mais vendidas no Mato Grosso, quatro são ilegais e juntas respondem por 53% do mercado. A campeã de vendas é a ilegal Fox, contrabandeada do Paraguai, que lidera com 44% de participação.
 
Para se ter uma ideia, se todos os pontos de participação de mercado ilegal fossem convertidos em produto legal seriam gerados, apenas em ICMS, a arrecadação total de R$ 118 milhões (ICMS + IPI – Fundo de participação do Estado) para os cofres estaduais.
 
Entre os municípios mais afetados pelo contrabando no Estado estão a capital Cuiabá, Água Boa, Alta floresta, Barra dos Bugres, Barra do Garças, Campo Verde, Canarana e Colíder.
 
Carros que cospem pregos e outras histórias de contrabando

Contrabando é coisa séria, um crime que pode envolver redes de crime organizado, bandidos de diferentes países, bilhões de reais, violência e corrupção. Mas por ser uma ilegalidade com tantas facetas, é capaz de criar histórias que rendem roteiros de cinema.

Tanto é verdade que Vice Brasil com apoio do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP) produziu o documentário “Cigarro do Crime”. Mas como estranheza não é monopólio do contrabando de cigarros, listamos abaixo, juntos com trechos pinçados da obra, alguns outros casos reais ocorridos no Brasil recentemente.

Você já ouviu falar em cavalos-doidos? São carros com cargas contrabandeadas que andam a 300 quilômetros por hora em estradas inóspitas e têm dispositivos que soltam fumaça e pregos na pista para enganar as forças de segurança. Os contrabandistas de cigarros usam esses carros, lotados de maços, para chegarem ao seu destino.

Em tempos de Covid-19, até a hidroxicloroquina passou a ser contrabandeada. Desde maio, a Polícia Rodoviária Federal passou a relatar apreensões de milhares de caixas do medicamento, principalmente em Goiás, vindas do Paraguai. Além do contrabando em si, outro grande problema é que o remédio pode ser falsificado, adulterado com componentes tóxicos, ou sem o princípio ativo em sua composição.

A carga ilegal é disfarçada de todas as formas possíveis, inclusive dentro da carenagem de veículos. R$ 2 milhões em eletrônicos foram apreendidos pela Receita Federal no mês passado numa linha de ônibus Assuncion-São Paulo. Entre a carga apreendida estavam 370 iPhones. Os celulares estavam cuidadosamente embrulhados em papel alumínio e, para encontrá-los, as forças policiais precisaram desparafusar e desencaixar parte da parede interna do ônibus.

O contrabando de cigarros é algo tão comum, que um contrabandista já foi preso por chamar a polícia. Em Itu, no interior de São Paulo, um homem acionou a polícia após ter sua casa invadida e roubada, mas foi ele quem saiu detido. Ao chegarem à residência da vítima, os Policiais Militares se depararam com 1600 maços de cigarros contrabandeados do Paraguai, diante a disso a vítima foi indiciada por contrabando e presa em flagrante.
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