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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Selma diz que não apoia fala de Bolsonaro sobre queimadas e que povo tem 'memória curta' ao atacar Moro

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Selma diz que não apoia fala de Bolsonaro sobre queimadas e que povo tem 'memória curta' ao atacar Moro
A senadora cassada Selma Arruda (PODE) elegeu-se – e admite isso – na onda bolsonarista. Era, inclusive, do mesmo partido que o presidente Jair Bolsonaro. Hoje, ambos saíram do PSL, mas ele segue sem nenhuma sigla, enquanto ela se filiou ao Podemos. Apesar de afirmar que a relação entre eles continua ótima, a juíza aposentada afirma que mantém sua coerência e não o apoia cegamente em tudo. Uma das discordâncias, por exemplo, foi em relação às falas de Jair sobre as queimadas do Pantanal.


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“Em tudo o que eu concordar eu vou apoiar. Naquilo que eu não concordar, eu não apoio. Por exemplo, e não consigo apoiar aquilo que ele fala em relação às queimadas aqui. A gente estava morrendo sufocado. Sabe, como assim? São pontos isolados que os inimigos... sabe?”, afirmou, em entrevista ao Olhar Direto.

“É uma fala com a qual eu não concordo. E não quer dizer que eu virei esquerdalha, entendeu, melancia, aquela coisa toda. É que eu vejo, graças a Deus em cada vez menos pessoas, mas a gente vê que esse radicalismo em algumas pessoas acaba fazendo com que elas entendam que o Bolsonaro não é um ser humano, não é sujeito a erro, né? Ele é um super-homem, um super-herói, entendeu?”, completou.

Outra questão destes ‘radicais’ que incomoda a ex-juíza é a relação de outro bolsonarista, o ex-deputado federal Victorio Galli (PATRI), com a homossexualidade. “Eu tenho uma certa implicância política com ele, nada pessoal, mas assim... essa questão Mickey é gay... sabe? Xingar uma pessoa de gay como se gay fosse um palavrão, e pra mim nunca foi assim que funcionou. Eu tenho várias amigas gays, sou madrinha de casamento de casal gay, tenho nada a ver com isso. Agora, se Bolsonaro não gosta, se Galli não gosta, problema deles. Eu mantenho a minha posição nesse sentido”. Galli é também candidato a suplente de senador na chapa da Coronel Fernanda (PATRI), que já recebeu apoio de Bolsonaro.

Moro de saias

Conhecida como ‘Moro de Saias’ quando era juíza, principalmente por determinar várias prisões do ex-deputado José Riva e do ex-governador Silval Barbosa. Hoje, ela não é mais juíza e foi cassada do cargo de senadora. Moro, por sua vez, também deixou a magistratura, tornou-se ministro de Bolsonaro e saiu em abril de 2020, afirmando que o chefe tentava interferir na Polícia Federal. Com isso, ganhou diversos inimigos, inclusive entre os apoiadores do presidente.

Para Selma, a população tem ‘memória curta’, e sem Moro, Bolsonaro não teria se elegido. “Sérgio Moro dedicou a vida inteira dele à Operação Lava Jato, que se não fosse ela, nem o presidente Bolsonaro teria sido eleito, porque o povo não estaria com aquele sentimento que levou à eleição do Bolsonaro. Então o que eu sinto em relação ao Sérgio Moro é exatamente essa ingratidão do povo em relação a ele”, disse.

“Muito bem, você não concorda com o que ele fez quando era ministro, isso é uma coisa. Agora, não tire o mérito que ele teve como juiz, e mesmo como ministro, porque ele foi um bom ministro até o final, essas coisas... é que nem eu te digo, os radicais é que eu penso que tem essa visão. As pessoas mais esclarecidas com certeza não, e em muitos pontos eu me vejo, de certa forma, parecida com ele. Porque ele não teve também, na política... ele não tem rebolado, que foi o que eu também não tive. É defeito de quem quer andar no trilho”, finalizou.
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