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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Tristeza

Secretário lamenta morte de piloto da Força Nacional após sobreviver a queda no Pantanal

Foto: Tchélo Figueiredo - SECOM/MT

Secretário lamenta morte de piloto da Força Nacional após sobreviver a queda no Pantanal
O secretário de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp), Alexandre Bustamante, lamentou a morte do agente especial da Polícia Civil do Distrito Federal e piloto da Força Nacional, Renato de Oliveira de Souza, que sobreviveu a uma queda de helicóptero no Pantanal mato-grossense, no dia 08 de outubro. Ao Olhar Direto, ele se disse bastante triste com a notícia e ressaltou que os profissionais do Estado fizeram tudo o que podiam: “Infelizmente, chegou a hora”.


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“Lamentamos, pois é mais um profissional da segurança que perde a vida. Recebemos esta notícia com muita tristeza. A meta de todos nós é voltar vivo para casa. Às vezes, temos a notícia de que a família vai ficar sem seu ente querido. Fizemos tudo o que podíamos para ajudar”, pontuou o secretário em entrevista do Olhar Direto.
 
Bustamante ainda acrescentou que há coisas que estão fora do alcance para se fazer. “Contra os desígnios de Deus, não temos muito o que fazer. Só lamentar e torcer para os próximos dias desta família. Conversei com o irmão dele, o desembargador Rogério de Oliveira Souza, ele nos disse que a suspeita é de embolia pulmonar. Teve esse problema e infelizmente chegou a hora”.
 
Em nota, o Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública, também lamentou a morte do piloto.

Recentemente, o coordenador do Centro Integrado de Operações Aéreas de Mato Grosso (Ciopaer), coronel PM Juliano Chiroli, citou  a destreza de Renato para colocar a aeronave no chão e salvar seus companheiros no dia da tragédia. 

Além disto, Chiroli destacou que a aviação por si só traz seus riscos inerentes à atividade. “Já a de Segurança Pública, traz muito mais, pois fazemos voos a baixa altura, em ações policiais, de resgate. A exposição ao risco da nossa atividade é muito maior”.

Após saber da morte do piloto, Chiroli lamentou o fato e também sem mostrou muito triste com a perda do colega de profissão. 

“Dificilmente em um acidente de helicóptero você vê um sobrevivente. Felizmente o Renato deu os últimos comandos, e, na verdade, um salvou o outro naquela situação. Tivemos psicólogo, fisioterapeuta, as pessoas da área da aviação que o visitaram. Foi um trabalho em equipe”, disse o desembargador do Rio de Janeiro, Rogério de Oliveira Souza, irmão de Renato, que esteve com ele durante 15 dias, em Cuiabá, no dia em que Renato foi transferido para o Estado carioca.
 
Renato de Oliveira Souza era agende especial da Polícia Civil do Distrito Federal e fez parte da equipe da Força Nacional desde maio de 2016. Tinha 55 anos de idade e já atuou em vários estados, como Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Sergipe, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Ceará, Minas Gerais e Mato Grosso, comandando a aeronave Nacional 01.
 
Ele compôs a equipe enviada pelo Governo Federal para auxiliar o Estado mato-grossense no combate aos incêndios florestais, em setembro deste ano. Juntamente com dois integrantes da Força Nacional, foi vítima de acidente com um helicóptero e estava internado em um hospital de Cuiabá desde o dia do acidente, 08 de outubro.
 
No dia 21 deste mês, Renato decolou na UTI Aérea do Governo do Estado, equipada em aeronave do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), após receber autorização médica. O apoio também foi prestado no dia do acidente, com transporte das vítimas e acompanhamento do estado de saúde.
 
O velório de Renato será na quinta-feira (29/10), às 16h, no Cemitério do Caju, Zona Norte do Rio de Janeiro.
 
Sem poder gravar entrevistadas devido a sua função na Força Nacional, Renato disse em conversa informal com pessoas que o acompanhavam que nunca tinha passado por situação parecida e que veio com a missão de ajudar no Pantanal.
 
Ele disse que ainda sentia muitas dores por conta das fraturas que sofreu no acidente. Na queda do helicóptero, ele teve fratura de face e na primeira lombar.
 
O acidente
 
Conforme o Olhar Direto apurou, um pantaneiro presenciou a queda e logo conseguiu buscar ajuda. O helicóptero da Força Nacional chegava ao local para ajudar no combate às chamas e fez o pouso forçado por volta das 15h, num ponto de difícil acesso que fica há pouco mais de 15km do Porto Jofre, local de grande visitação turística no Pantanal.
 
No local, conforme as fotos recebidas pelo Olhar Direto, é possível ver que a aeronave teve partes despedaçadas, a cauda quebrada e chegou a tombar. O motor ficou exposto no solo.
 
"Foi por Deus mesmo. Uma verdadeira ajuda Divina. O helicóptero despedaçou. Tá todo quebrado. Eu nunca vi isso aqui", disse o pantaneiro, conhecido como Nego e que trabalha na região há mais de 20 anos. Ele também ajudava a cuidar da área para evitar que o fogo atingisse a área da fazenda onde ele trabalha. Nego que chamou ajuda assim que percebeu a queda.
 
A queda será investigada pelo Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VI), que é ligado ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
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