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DECISÃO DO PAIAGUÁS

"Não aceito nenhuma decisão sem ouvir a população", afirma Emanuel sobre troca do VLT

22 Dez 2020 - 09:40

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) se posicionou totalmente contrário a decisão do governador Mauro Mendes (DEM) de trocar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) pelo Bus Rapid Transit (BRT). A decisão de não concluir as obras do modal prometido para 2014 foi comunicada nesta segunda-feira (21) em total “desrespeito” aos municípios de Cuiabá e Várzea Grande, conforme o emedebista.


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De acordo com Emanuel, a decisão pela troca foi unilateral, já que o Palácio Paiaguás não ouviu as prefeituras nem a bancada federal. “Não aceito nenhuma decisão sem ouvir a população e a prefeitura. Sempre fui a favor do VLT. É uma decisão que por todo o imbróglio jurídico, não tem como só o governo resolver. Ele (govenador) é o responsável pela execução, mas deve passar por uma discussão. Primeiro, ouvir as duas cidades e a bancada federal, pois precisamos do apoio da União”, disse antes de participar da “Missa da Esperança”, na Catedral Basílica de Cuiabá, nesta terça-feira (22).

Emanuel ressalta que é contrário a forma com que o VLT foi enterrado, mas que determinou a sua equipe que analise o estudo que levou o governo a tomar tal decisão.

O prefeito não escondeu a mágoa por ter sido apenas comunicado. Sobre a reunião realizada na tarde de ontem, em que Mauro informou sobre a escolha pelo BRT, Emanuel afirmou que não foi, justamente, por não ter sido ouvido. Ele foi representado pelo vice-prefeito eleito José Stopa (PV).

“Para que eu iria? Para receber o comunicado de uma decisão já tomada? Me chamando de última hora e estava com agenda lotada. Ainda bem que eu não fui. Ia lá para fazer plateia a uma decisão já tomada?”, declarou.

O emedebista garantiu que irá se manifestar sobre o estudo técnico ainda neste ano, já que até amanhã deve se reunir com sua equipe. “Não é uma decisão isolada do governo. Tem que ter a anuência do governo federal, por conta do financiamento, como é que toma uma decisão sem conversar com a gente e a União, via bancada? Defendo quem defende Cuiabá e para mim, o melhor é o VLT. Tecnicamente preciso entender o que o governo fez”.

Troca

O governador Mauro Mendes pediu ao Ministério do Desenvolvimento Regional a autorização para substituir a execução das obras do VLT. O ofício foi enviado na última sexta-feira (18) ao ministro Rogério Marinho, que comanda a pasta. Também devem analisar a solicitação a Caixa Econômica Federal e o Conselho Curador do FGTS, uma vez que há recursos desses órgãos vinculados ao VLT.

A decisão do governador em pedir a substituição levou em conta estudos técnicos elaborados pelo governo e pelo Grupo Técnico criado na Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana. Os estudos concluíram que a continuidade das obras do VLT era “insustentável”, demoraria até seis anos para conclusão, custosa aos cofres públicos, com pouca vantagem à população e ainda contaria com uma tarifa muito alta.
 
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