Crítico do governador Mauro Mendes (DEM), o deputado estadual Ulysses Moraes (PSL) usou a tribuna da Assembleia Legislativa, durante a votação para a troca do modal da região metropolitana de Cuiabá, de VLT para BRT, para dizer que espera que a decisão do governador, feita no período de férias, não seja baseada em propina.
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Para Ulysses, o governador poderia, antes de decidir sobre o modal, ter convidado os deputados, os prefeitos e membros de órgãos auxiliares para debater sobre a mudança. Segundo ele, a mudança passou apenas por uma decisão unilateral do chefe do Executivo.
"Quero deixar bem claro que a uma decisão tomada estranhamente em período de férias. E ai vem essa decisão, que é recebida com surpresa, sem consultar a Casa Legislativa. A decisão de mudar o modal é exclusiva do governador. Não passou nem consulta pelos deputados", disse Ulysses.
Num segundo momento, o parlamentar manda o recado ao governador, dizendo esperar que a decisão seja baseada em estudos e não em possíveis irregularidades.
"Espero do fundo do coração que essa mudança de VLT para BRT não seja baseada em corrupção e interesses escusos. Espero que o governador não seja um corrupto e nem propineiro com bases em interesses escusos", concluiu o deputado.
Mensagem do Governo
A mensagem do executivo nº173/2020, PL 01/2021, que permite a troca do modal de transporte de Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) para Bus Rapid Transport (BRT), foi aprovada em segunda votação na manhã desta quinta-feira (7) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), com apenas dois votos contrários, dos petistas Lúdio Cabral (PT) e Valdir Barranco (PT).
Havia a expectativa de que Barranco pedisse ‘vista’, o que atrasaria a votação, mas isso não aconteceu. O projeto permite a mudança em uma lei sancionada em 2011, que estabelecia que o Governo poderia fazer um empréstimo com a Caixa Econômica Federal para a construção do modal VLT.
Agora, o Executivo está autorizado a usar este financiamento para o BRT. Mesmo com a aprovação, foi agendada uma audiência pública para o próximo dia 4 de fevereiro, onde será discutida a mudança do modal.