Se comprometendo a estar em uma linha de independência, mesmo sendo o candidato apoiado pelo governo Jair Bolsonaro, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), esteve em Cuiabá nesta sexta-feira (8) para falar sua candidatura e dar entrevista coletiva à imprensa sobre suas propostas na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados.

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Lira foi recepcionado em um hotel de Cuiabá e recebeu apoio de quatro dos oito deputados da bancada de Mato Grosso em Brasília. Correligionário, o deputado Neri Geller foi o anfitrião de Lira no evento. 

Em seguida eles seguiram para a Secretaria de Fazenda, onde toda comitiva foi recebida pelo secretário de Fazenda, Rogério Gallo (DEM). O governador Mauro Mendes está em viagem e não pôde atender o candidato. 

Durante os discursos de boas vindas a Cuiabá e na confirmação do apoio, Geller afirmou  que o nome de Lira é o melhor porque ele é uma verdadeira liderança dentro do Parlamento e por ser um papel fundamental em diversas lutas e pautas que foram votadas e que já ajudaram Mato Grosso. 

"Seu papel como líder ajudou na aprovação da Lei Kandir, que atinge diretamente Mato Grosso. Vamos ajudar, com o senhor no comando, a questão ambiental, regularização fundiária para pulsar a economia do estado. Aqui em Mato Grosso temos 110 mil famílias assentadas que não têm documento da terra. Precisamos destravar essas pautas para ajudar o cidadão que está na terra. Esses temas precisam ser pautados e debatidos, pois já foram deixados de lado por questão ideológicas. Com certeza, você Arthur é o melhor nome principalmente pela independência da Câmara Federal", disse o deputado federal e líder da bancada. 

O deputado Nelson Barbudo (PSL) falou que o nome de Lira, por ser oposição ao candidato do atual presidente, Rodrigo Maia (DEM), já é o melhor disparado. Principalmente porque em dois anos, Barbudo disse que assistiu Maia atrapalhar e travar pautas que são de interesse da sociedade. 

"Várias pautas foram travadas. Nós assistimos ele [Maia] travar pautas que o presidente queria que fosse avançada. A presidência do Maia não respeitou ao Executivo. Nós e a maioria esmagadora do PSL votaremos para o senhor ser o presidente da Câmara Federal. Nós precisamos de um líder", disse Barbudo. 

Dr Leonardo Albuquerque (Solidariedade), que é natural da cidade de Cáceres (distante 220km de Cuiabá), disse que é necessário um presidente da Câmara que ouça as pautas de Mato Grosso e que saiba ouvir quem é do Pantanal para tratar do Pantanal. 

"Queremos um presidente que vote pelo Brasil. Não é possível que fique na gaveta os bons projetos desse país. Sabemos que o senhor tem a coragem de um líder para enfrentar. Eu sou do Pantanal, eu nasci e moro no Pantanal. Lá em Cáceres. O manejo do fogo correto é importante se debater. Por falta de discussão do Congresso tem fogo no Pantanal. É preciso ter coragem. Conte comigo e com o nosso partido, Solidariedade", frisou Leonardo Albuquerque. 

Por último, José Medeiros (Podemos) afirmou que o novo presidente precisa dará a restauração à democracia dentro da Câmara dos Deputados e que o atual presidente define coisas sozinhos no Congresso. 

"Lá, certos temas não passam por todos os deputados. É uma minoria que fala lá. O Arthur Lira chega para colocar uma pauta democrática. O presidente precisa ter visão para que alguns temas sejam colocadas em mãos de deputados que conhecem o tema. Olha o caso do Pantanal, quem está tomando conta é o Mourão. Com todo respeito, mas o Mourão sabe nem onde é Mato Grosso", disse o deputado durante o encontro. 

O deputado Arthur Lira agradeceu todos os apoio recebidos e ressaltou o assunto das privatizações, que precisa ser debatido e colocado em pauta. No momento da coletiva, ele que disse nem é tão a favor e nem contra. 

"Tenho a experiência necessária para ouvir e entender o que é mais importante ao Legislativo e manter uma boa relação com a presidência da República sempre mirando o melhor para o Brasil. As privatizações têm que ser discutidas. Não sou radicalmente a favor e tampouco contra. O mais importante neste momento é destravar e que seja discutida nas câmaras temáticas e comissões e sofrer alterações. Ao invés de vender os Correios pode vender 49% na Bolsa de Valores e nos próximos anos vender em um valor maior e trazer mais benefícios ao país”, concluiu.