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Contra a covid-19

Gilberto diz que não há vacinas suficientes nem para grupos prioritários e terá de escolher quem imunizar

13 Jan 2021 - 15:51

Da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Max Aguiar

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Gilberto diz que não há vacinas suficientes nem para grupos prioritários e terá de escolher quem imunizar
O secretário de Estado de Saúde Gilberto Figueiredo afirmou que, pelo menos nessa primeira leva de vacinas contra o novo coronavírus (Covid-19) que devem chegar a Mato Grosso, não haverá doses suficientes nem mesmo para todos os profissionais de saúde – grupo número “um” na fila determinada pelo Ministério. Por este motivo, será necessário selecionar os profissionais mais vulneráveis dentro do grupo.


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“O grande problema é que os lotes que serão disponibilizados serão insuficientes, num primeiro momento, para atender inclusive os grupos prioritários estabelecidos pelo Governo Federal”, declarou Gilberto na manhã desta quarta-feira (13). “Nós estamos debruçados para saber qual é a nossa estratégia. Nós vamos ter que selecionar público dentro do próprio público... Quando falamos em imunizar os profissionais da saúde, vamos ter profissionais que estão efetivamente à frente, que aqueles que estão em leitos de enfermaria e leitos de UTI Covid, tem aquele profissional que está no hospital, mas não está à frente, mas é vulnerável, e a quantidade que vem é insuficiente para todos irem para a fila de vacinação. Nossa equipe está trabalhando nesse momento para priorizar e defini qual é a estratégia nossa”.

Ainda não se sabe nem mesmo a data e a quantidade de doses de vacina que devem chegar ao estado. Diante desta incerteza, no entanto, a secretaria se prepara para que a logística seja rápida e eficiente assim que o imunizante esteja disponível. “As duas instituições que estão no nosso país, seja o Butantan ou a Fiocruz já estão em fase de produção de vacina, o Governo Federal já fez aquisição de 100% da produção do Butantan, que era a vacina problemática, do conflito com o estado de São Paulo, e o Ministério da Saúde já anunciou que muito provavelmente no domingo [17/01] deva sair o resultado da avaliação da Anvisa. Eu acredito que na semana que vem deve se começar, se o resultado for positivo, já a logística de distribuição disso”.

A responsabilidade da vacinação, depois que os lotes forem distribuídos pela União e pelo Estado, será dos municípios. Para auxiliar o processo, no entanto, a Secretaria de Saúde irá sugerir que o Estado absorva a responsabilidade de imunizar os profissionais que trabalham em unidades estaduais, para diminuir o fluxo da Rede Básica de Saúde. Ainda segundo Gilberto, depois que a vacina for disponibilizada pelo Ministério, ela estará nos municípios em até dois dias para que as Prefeituras iniciem o plano de vacinação de seus profissionais da saúde.

“O grupo 1, prioritário do ministério, são trabalhadores da saúde. Depois vem [...] a população internada em unidades de tratamento de idosos e profissionais que acompanham, aí entra a escala de faixa etária até que cheguemos a outros públicos. É importante frisar que esse primeiro plano divulgado esses públicos priorizados correspondem a aproximadamente 19% da população. Então, no plano nacional de vacinação, nem tem previsão de vacinar a população inteira. E nesses públicos por ordem prioritária todos acima de 15 anos, não há previsão de vacinar ninguém abaixo dessa faixa etária”, declarou Gilberto.

O secretário ainda afirmou que o Estado está em busca de novas doses das diferentes vacinas disponíveis para imunizar o maior número possível da população. No entanto, como nenhuma delas ainda foi aprovada pela Anvisa, o processo está travado. “A partir do momento em que tivermos vacina aprovada no país iremos fazer esforços para saber juridicamente, tecnicamente, se nós podemos fazer isso. Mas temos interesse? Temos. Nosso sonho é imunizar praticamente toda a população. Mas para isso tem regras, eu não posso alterar o plano nacional aqui, porque o SUS é único, isso tem deliberações em instancias e eu vou ter que seguir a regra nacional”, finalizou.
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