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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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​ESTADO FOI ALERTADO

Em 3 meses, todos pacientes de UTI para Covid-19 morreram em hospital de Sinop

Foto: Reprodução

Em 3 meses, todos pacientes de UTI para Covid-19 morreram em hospital de Sinop
O Observatório Social de Mato Grosso elaborou o “Relatório de análise da taxa de mortalidade de UTIs Covid-19 no Hospital Regional de Sinop”. Segundo o levantamento, desde o mês de outubro 100% dos pacientes internados na UTI Covid-19 do hospital de Sinop (a 480 km de Cuiabá) vieram a óbito. A instituição pediu apuração do SUS e do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso e cobrou que o Estado reassuma a administração dos leitos.

 
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A pesquisa foi feita com base nos dados disponibilizados pelo próprio Governo do Estado de Mato Grosso, no Portal Covid-19. Além disso, foi realizada comparação desses dados com os do “Banco de Dados de Síndrome Respiratória Aguda Grave - incluindo dados da COVID-19” disponibilizados pelo Ministério da Saúde para checagem.
 
Conforme apontou o relatório, a partir de outubro de 2020 100% dos pacientes nas UTIs para Covid-19, no Hospital Regional de Sinop, vieram a óbito. O Observatório Social disse ainda que desde o início da pandemia a mortalidade no Regional de Sinop é excessivamente alta comparando com os números do estado de Mato Grosso.
 


A instituição afirmou que em julho, quando a taxa de mortalidade estava acima de 90%, pediu ao Estado para que assumisse os leitos, que estava sob administração da Empresa Goiana de Terapia Intensiva.
 
“Mas agora a mortalidade chega a 100% e a gestão mostra total descaso com as mortes, e insiste em manter e renovar contratos com a mesma empresa em Sinop e em outros hospitais estaduais [...] ainda persiste a empresa Organização Goiana de Terapia Intensiva e o contrato que transfere a responsabilidade pela uti a uma empresa privada e faz pagamentos fixos sem nenhuma exigência de indicadores de qualidade no atendimento”, diz trecho do relatório.
 
Na Notificação Extrajudicial emitida ao Estado, o Observatório Social ainda diz que poderá representar contra as autoridades competentes para responsabilização criminal pelas mortes que ocorrerem por falta de assistência.
 
“Entretanto, vemos que não há vontade política para tanto e por isso, para evitar que a altíssima mortalidade continue nas UTIs públicas do Estado, seja UTI Covid-19 ou UTI normal, então o Observatório pediu apoio de outras instâncias, CRM, AMIB, Ministério da Saúde, Ministério Público, Polícia Federal e Justiça Federal”.

Segundo o relatório, o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus) já informou que está prevista a realização de auditoria, porém ainda sem data para ocorrer. Além disso o Conselho Regional de Medicina (CRM/MT) informou que abriu sindicância para apurar o caso, ainda em andamento.
 
“Também solicitamos que seja incluído no Boletim Epidemiológico do estado os indicadores de mortalidade nas clínicas e UTIs do estado, para que o cidadão tenha o direito de buscar os hospitais com maior resultado em termos de cura/alta, da mesma forma que o Secretário Estadual de Saúde buscou um hospital em São Paulo para se tratar do Covid porque certamente tem melhores indicadores de qualidade de tratamento”, disse a instituição.
 
Por meio de nota a Secretaria de Estado de Saúde (SES) afirmou que “que não procede a informação de que todos os pacientes hospitalizados na UTI Covid do Hospital Regional de Sinop vieram a óbito nos últimos três meses. A SES criou uma comissão composta por profissionais habilitados na área, como médicos e técnicos em saúde, para apurar detalhadamente cada prontuário dos pacientes que foram hospitalizados na UTI Covid-19 do Hospital Regional de Sinop”.
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